sábado, 30 de junho de 2012

União Europeia terá plano de US$ 150 bilhões para estimular economia 30/06/2012


29/06/2012 - 8h32 - Da BBC Brasil

Brasília - O presidente do Conselho da União Europeia, Herman Van Rompuy, disse que os membros do bloco concordaram em gastar US$ 150 bilhões (R$ 387 bilhões) para incentivar o crescimento econômico.

Ele participou nessa quinta-feira (28) do primeiro dia do encontro de Cúpula da União Europeia, em Bruxelas. Rompuy disse que decisões de curto e longo prazo são essenciais para a solução da crise da dívida na Europa.

A chanceler alemã, Angela Merkel, tem resistido à pressão dos países vizinhos para repartir as dívidas do bloco entre todos os integrantes como única forma de salvar o euro.

Link:

http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-06-29/uniao-europeia-tera-plano-de-us-150-bilhoes-para-estimular-economia

Dez fatos chocantes sobre os Estados Unidos 30/06/2012




 
1. Maior população prisional do mundo
Elevando-se desde os anos 80, a surreal taxa de encarceramento dos EUA é um negócio e um instrumento de controle social: à medida que o negócio das prisões privadas alastra-se como uma gangrena, uma nova categoria de milionários consolida seu poder político. Os donos destas carcerárias são também, na prática, donos de escravos, que trabalham nas fábricas do interior das prisões por salários inferiores a 50 cents por hora. Este trabalho escravo é tão competitivo, que muitos municípios hoje sobrevivem financeiramente graças às suas próprias prisões, aprovando simultaneamente leis que vulgarizam sentenças de até 15 anos de prisão por crimes menores como roubar chicletes. O alvo destas leis draconianas são os mais pobres, mas, sobretudo, os negros, que representando apenas 13% da população norte-americana, compõem 40% da população prisional do país.
 
2. 22% das crianças americanas vive abaixo do limiar da pobreza.
Calcula-se que cerca de 16 milhões de crianças norte-americanas vivam sem “segurança alimentar”, ou seja, em famílias sem capacidade econômica para satisfazer os requisitos nutricionais mínimos de uma dieta saudável. As estatísticas provam que estas crianças têm piores resultados escolares, aceitam piores empregos, não vão à universidade e têm uma maior probabilidade de, quando adultos, serem presos.
3. Entre 1890 e 2012, os EUA invadiram ou bombardearam 149 países.
O número de países nos quais os EUA intervieram militarmente é maior do que aqueles em que ainda não o fizeram. Números conservadores apontam para mais de oito milhões de mortes causadas pelo país só no século XX. Por trás desta lista, escondem-se centenas de outras operações secretas, golpes de Estado e patrocínio de ditadores e grupos terroristas. Segundo Obama, recipiente do Nobel da Paz, os EUA conduzem neste momente mais de 70 operações militares secretas em vários países do mundo. O mesmo presidente criou o maior orçamento militar norte-americano desde a Segunda Guerra Mundial, superando de longe George W. Bush.
4. Os EUA são o único país da OCDE que não oferece qualquer tipo de subsídio de maternidade.
Embora estes números variem de acordo com o Estado e dependam dos contratos redigidos por cada empresa, é prática corrente que as mulheres norte-americanas não tenham direito a nenhum dia pago antes ou depois de dar à luz. Em muitos casos, não existe sequer a possibilidade de tirar baixa sem vencimento. Quase todos os países do mundo oferecem entre 12 e 50 semanas pagas em licença maternidade. Neste aspecto, os Estados Unidos fazem companhia à Papua Nova Guiné e à Suazilândia.
 
5. 125 norte-americanos morrem todos os dias por não poderem pagar qualquer tipo de plano de saúde.
Se não tiver seguro de saúde (como 50 milhões de norte-americanos não têm), então há boas razões para temes ainda mais a ambulância e os cuidados de saúde que o governo presta. Viagens de ambulância custam em média o equivalente a 1300 reais e a estadia num hospital público mais de 500 reais por noite. Para a maioria das operações cirúrgicas (que chegam à casa das dezenas de milhar), é bom que possa pagar um seguro de saúde privado. Caso contrário, a América é a terra das oportunidades e, como o nome indica, terá a oportunidade de se endividar e também a oportunidade de ficar em casa, torcendo para não morrer.
6. Os EUA foram fundados sobre o genocídio de 10 milhões de nativos. Só entre 1940 e 1980, 40% de todas asmulheres em reservas índias foram esterilizadas contra sua vontade pelo governo norte-americano.
Esqueçam a história do Dia de Ação de Graças com índios e colonos partilhando placidamente o mesmo peru em torno da mesma mesa. A História dos Estados Unidos começa no programa de erradicação dos índios. Tendo em conta as restrições atuais à imigração ilegal, ninguém diria que os fundadores deste país foram eles mesmos imigrantes ilegais, que vieram sem o consentimento dos que já viviam na América. Durante dois séculos, os índios foram perseguidos e assassinados, despojados de tudo e empurrados para minúsculas reservas de terras inférteis, em lixeiras nucleares e sobre solos contaminados. Em pleno século XX, os EUA iniciaram um plano de esterilização forçada de mulheres índias, pedindo-lhes para colocar uma cruz num formulário escrito em idioma que não compreendiam, ameaçando-as com o corte de subsídios caso não consentissem ou, simplesmente, recusando-lhes acesso a maternidades e hospitais. Mas que ninguém se espante, os EUA foram o primeiro país do mundo oficializar esterilizações forçadas como parte de um programa de eugenia, inicialmente contra pessoas portadoras de deficiência e, mais tarde, contra negros e índios.
7. Todos os imigrantes são obrigados a jurar não ser comunistas para poder viver nos EUA.
Além de ter que jurar não ser um agente secreto nem um criminoso de guerra nazi, vão lhe perguntar se é, ou alguma vez foi membro do Partido Comunista, se tem simpatias anarquista ou se defende intelectualmente alguma organização considerada terrorista. Se responder que sim a qualquer destas perguntas, será automaticamente negado o direito de viver e trabalhar nos EUA por “prova de fraco carácter moral”.
8. O preço médio de uma licenciatura numa universidade pública é 80 mil dólares.
O ensino superior é uma autêntica mina de ouro para os banqueiros. Virtualmente, todos os estudantes têm dívidas astronômicas, que, acrescidas de juros, levarão, em média, 15 anos para pagar. Durante esse período, os alunos tornam-se servos dos bancos e das suas dívidas, sendo muitas vezes forçados a contrair novos empréstimos para pagar os antigos e assim sobreviver. O sistema de servidão completa-se com a liberdade dos bancos de vender e comprar as dívidas dos alunos a seu bel prazer, sem o consentimento ou sequer o conhecimento do devedor. Num dia, deve-se dinheiro a um banco com uma taxa de juros e, no dia seguinte, pode-se dever dinheiro a um banco diferente com nova e mais elevada taxa de juro. Entre 1999 e 2012, a dívida total dos estudantes norte-americanos cresceu à marca dos 1,5 trilhões de dólares, elevando-se assustadores 500%.
9. Os EUA são o país do mundo com mais armas: para cada dez norte-americanos, há nove armas de fogo.
Não é de se espantar que os EUA levem o primeiro lugar na lista dos países com a maior coleção de armas. O que surpreende é a comparação com outras partes do mundo: no restante do planeta, há uma arma para cada dez pessoas. Nos Estados Unidos, nove para cada dez. Nos EUA podemos encontrar 5% de todas as pessoas do mundo e 30% de todas as armas, algo em torno de 275 milhões. Esta estatística tende a se elevar, já que os norte-americanos compram mais de metade de todas as armas fabricadas no mundo.
10. Há mais norte-americanos que acreditam no Diabo do que os que acreditam em Darwin.
A maioria dos norte-americanos são céticos. Pelo menos no que toca à teoria da evolução, já que apenas 40% dos norte-americanos acreditam nela. Já a existência de Satanás e do inferno soa perfeitamente plausível a mais de 60% dos norte-americanos. Esta radicalidade religiosa explica as “conversas diárias” do ex-presidente Bush com Deus e mesmo os comentários do ex-pré-candidato republicano Rick Santorum, que acusou acadêmicos norte-americanos de serem controlados por Satã.
Artigo originalmente publicado no portal galego Diário Liberdade

Brasil recebe seu primeiro navio de patrulha oceânica 30/06/2012

Portsmouth, Reino Unido: O Amazonas, o primeiro dos três Navios de Patrulha Oceânica construídos pela BAE Systems, foi entregue hoje à Marinha do Brasil, em uma cerimônia realizada na Base Naval de Portsmouth.
 Ao som dos hinos nacionais do Brasil e do Reino Unido, funcionários e convidados, incluindo representantes das Marinhas do Brasil e do Reino Unido e do Governo do Reino Unido, assistiram ao primeiro levantamento da insígnia por membros da empresa, marcando formalmente a entrega do mais novo navio da Marinha do Brasil.
 Segundo Mick Ord, Diretor Executivo da área de Navios de Marinha, na BAE Systems: “Temos orgulho em entregar o Amazonas à Marinha do Brasil hoje.  A entrega do primeiro navio marca igualmente uma importante etapa no programa e o estreito relacionamento de trabalho que estamos formando com o Brasil.  Tenho certeza de que estas embarcações altamente capazes constituirão um valioso ativo para a Marinha do País”.
 A entrega se realizou no prazo de apenas seis meses, após a assinatura do contrato de £133 milhões, prevendo o fornecimento de três Navios de Patrulha Oceânica e a prestação dos serviços auxiliares de suporte.  De acordo com o contrato, caberá à BAE Systems fornecer também treinamento a mais de 80 membros da tripulação do Amazonas, baseados atualmente em Portsmouth. O treinamento abordará áreas como operação do navio, sistemas eletrônicos e propulsão.  O navio rumará para Plymouth, em julho, onde a tripulação completará seu programa de treinamento, antes de seguir para o Brasil, em agosto.
 O primeiro de sua classe, o Amazonas, foi construído nas instalações da BAE Systems, em Portsmouth.  Os outros dois navios de sua classe, o Apa e o Araguari, foram construídos nos estaleiros de Scotstoun, às margens do rio Clyde, sendo que a entrega de ambos está prevista para dezembro de 2012 e abril de 2013, respectivamente.
 Os Navios de Patrulha Oceânica conferem ao País uma maior capacidade de atuação marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e de duas metralhadoras de 25 mm, assim como de um barco inflável rígido e de um convés para pouso e decolagem de helicópteros de porte médio, os navios são ideais para garantir a segurança marítima das águas territoriais do Brasil, inclusive a proteção das reservas de petróleo e gás do País.
 Projetados para acomodar uma tripulação de até 70 pessoas, com acomodações para 50 efetivos embarcados ou passageiros, bem como um amplo espaço no convés para o armazenamento de contêineres, os navios também se prestam muito bem para a execução de operações de busca e resgate, de apoio em situações de desastre e de ajuda humanitária.
 O contrato, anunciado em janeiro deste ano, inclui ainda uma licença de fabricação, permitindo a construção de outros navios da mesma classe no Brasil, contribuindo para o programa de reequipamento naval do País e o fortalecimento de sua capacidade industrial naval.

Sobre a BAE Systems
A BAE Systems é uma empresa global que atua nos segmentos de segurança, defesa, e aeroespacial com aproximadamente 94.000 funcionários em todo o mundo. A companhia fornece uma linha completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como soluções avançadas em eletrônica, segurança, tecnologia da informação e serviços de suporte a clientes. Em 2011, a BAE Systems alcançou vendas no valor de £19.2 bilhões, cerca de US$ 30.7 bilhões.
 No Brasil, a BAE Systems está presente desde os anos 70, por meio de sua predecessora a VT Shipbuilding. Atualmente, a empresa mantém um escritório em Brasília (DF), que dá suporte às Forças Armadas, no que diz respeito a equipamentos como canhões navais, radares, veículos blindados, controles de voo para aeronaves, entre outros; e que busca estabelecer parcerias mutuamente benéficas, por meio da transferência de tecnologia, com os setores de segurança e defesa brasileiros.
Siga a BAE Systems no Twitter e fique por dentro das novidades da empresa:

Mais informações:
G&A Comunicação Empresarial
Paulo Henrique Alves
Tel: (11) 3037-3235
Isabela Caveden
Tel: (11) 3037-3215

Escándalo en los medios de comunicación mexicanos: una unidad secreta de Televisa promocionó al candidato del PRI 30/06/2012


Según unos documentos vistos por the Guardian, la cadena de medios encargó videos para desacreditar a los rivales del candidato que es ahora el favorito para ganar la carrera por la Presidencia del domingo
Enrique Peña Nieto
Enrique Peña Nieto se encuentra con partidarios del PRI en una manifestación en la Ciudad de México el domingo. Fotografía: Darío López-Mills/AP
Según unos documentos vistos por the Guardian y gente familiarizada con el operativo, una unidad secreta de la cadena de televisión dominante en México, estableció y financió una campaña para que el candidato favorito, Enrique Peña Nieto, ganase las elecciones presidenciales.
Las nuevas revelaciones de la falta de objetividad de Televisa, la cadena de medios más grande del mundo en lengua española, cuestionan la afirmación de ser políticamente imparciales hecha por la compañía así co mo las insistencia de Peña Nieto de no haberse beneficiado de una relación especial con Televisa.
La unidad, apodada "el equipo Handcock" lo que según las fuentes era un nombre en código para el político y sus aliados, encargó videos promocionales sobre el candidato y su partido, el PRI, que a la vez desacreditaban a los rivales del partido en el 2009. Los documentos sugieren que el equipo distribuyó los videos a miles de direcciones de correo electrónico y también los promocionó en Facebook y Youtube donde alguno de ellos todavía puede ser visto.
La naturaleza de la relación entre Peña Nieto y Televisa ha sido un asunto clave de las elecciones que se celebrarán el próximo domingo desde que en Mayo se originara un movimiento estudiantil centrado en la percibida manipulación de la opinión pública a favor del candidato por parte de los medios.
Televisa rehusó hacer ningún tipo de comentario sobre los particulares de los documentos pero negó la idea de que hubiera favorecido al PRI y dijo que hizo trabajo político para todos los grandes partidos.
Los documentos, que consisten en copias escaneadas de contratos firmados así como otras instrucciones y propuestas, sugieren que los subsidiarios de Televisa y ejecutivos nombrados de la misma cadena tomaron parte en el proyecto y pusieron sus conocimientos y a sus empleados a trabajar para Peña Nieto en la fase previa a las cruciales elecciones intermedias al congreso del 2009.
Este material prosigue con la publicación por the Guardian hace tres semanas de un conjunto de documentos del año 2005 que presuntamente detallan la venta por parte de la cadena de cobertura favorable a ciertos políticos entre los que estaba incluido Peña Nieto. Los documentos también parecían contener evidencia de una campaña de desprestigio orquestada desde la empresa en contra de Andrés Manuel López Obrador que en esos momentos estaba preparando su primera campaña presidencial. López Obrador es en estos momentos el rival más próximo de Peña Nieto en la carrera presidencial aunque la mayoría de las encuestas le sitúan a más de 10 puntos por detrás del líder.
Televisa ha rechazado estas acusaciones y las ha tildado de calumnias, ha cuestionado la autenticidad de los documentos y ha exigido una disculpa.
Según fuentes bien informadas, el proyecto "Handcock" (deletreado "Hancock" en algunos documentos) surgió en la fase previa a las elecciones intermedias del 2009.
La clara victoria que el Gobernador Peña Nieto consiguió para el PRI en la región conocida como el Estado de México en esas elecciones ayudó a cimentar su asalto a la candidatura presidencial.

Acuerdos de Confidencialidad

Una fuente declaró a the Guardian que el equipo trabajó en semiclandestinidad dentro de las oficinas de Televisa y que se firmaron acuerdos de confidencialidad y se les urgió a no usar sus direcciones de correo electrónico de Televisa o las direcciones IP de la compañía para distribuir el material.
Una segunda fuente dijo que otras empresas externas contratadas por Televisa para producir videos y otros materiales destinados a la Web también firmaron contratos para asegurar la confidencialidad. Los contratos parecen sugerir que estos "proveedores" eran legalmente responsables de "cualquier tipo de queja individual o colectiva" asociada al mencionado material.
Las fuentes declararon que una de los líderes del equipo fue Alejandra Lagunes, la entonces Directora General de Televisa Interactive Media.
Lagunes abandonó más tarde la compañía y se dedicó a ayudar a ganar las elecciones locales del 2011 al sucesor elegido de Peña Nieto como Gobernador del Estado de México. Actualmente ostenta el puesto de "Coordinadora de la Estrategia Digital y de Redes Sociales" en el equipo de la campaña presidencial de Peña Nieto.
Un portavoz del PRI, Aurelio Nuño, denegó a the Guardian la posibilidad de hablar con Lagunes. Declaró que "la campaña y el candidato Enrique Peña Nieto no tienen conocimiento de la existencia del contrato que the Guardian nos ha enseñado". Y añadió "Enrique Peña Nieto reitera que nunca ha tenido una relación especial con Televisa. Tanto como Gobernador como candidato presidencial, Peña Nieto siempre ha buscado una relación cordial y respetuosa con todos los medios de comunicación".
Una parte principal de la misión del equipo "Handcock", según una fuente, fue la distribución de videos de apoyo a la campaña del PRI mediante el envío masivo de correos electrónicos y la promoción en sitios como Youtube.
Los documentos muestran que al menos algunos de los videos fueron encargados por Televisa a una empresa de producción externa llamada Zares del Universo, de la que en parte era dueño Facundo Gómez, un famoso relacionado con Televisa.
Según uno de los contratos de fecha 1 Mayo del 2009, una subsidiaria participada al 100% por Televisa llamada Comercio Más S.A. De C.V. encargó a Zares la elaboración de una serie de videos cortos, (http://www.guardian.co.uk/world/video/2012/jun/26/mexican-duran-olvera-call) con un coste de 1,722,000 pesos (unos 133,000 USD en esos momentos).
El contrato está firmado por Agustín Lutteroth Echegoyen, Vice Presidente de Televisa y contralor. Su nombre y su firma aparecen también en otros contratos junto con un sello oficial.
En este caso el "cliente" es identificado como "Handcock" para algunos de los videos encargados y en otros como "Televisa Digital". Todavía se puede acceder en Youtube a algunos de ellos. No se especifica el nombre del autor, pero los títulos, los asuntos tratados y la duración exacta son los mismos que los que se recogen en el documento.

El concepto Snoopy

Son una serie de seis videos para una campaña con el misterioso nombre en código Concepto Snoopy.
El contrato especifica que el objetivo es producir "videos que ridiculicen alguno de los errores y puntos débiles del Partido de Acción Nacional" en referencia al PAN de Felipe Calderón. También especifica que los videos no deben de estar firmados.
Gómez declaró a the Guardian: "Hemos hecho mucho trabajo para Televisa pero nunca, por lo que yo sé, hemos producido videos políticos de ningún tipo para Televisa".
Uno de los episodios titulado "la corbata de Enrique Peña" rechaza con desenfado las críticas que el entonces Gobernador recibió por no seguir las sugerencias del Gobierno Federal sobre no llevar corbata durante la epidemia
de peste porcina del 2009. El video contiene una entrevista con el Gobernador en el programa estrella de noticias de la noche de Televisa en la que explica su decisión como un esfuerzo para "no proyectar más la imagen de un país enfermo que ha dañado nuestra economía en gran medida".
Otro de los videos titulado "el malo de Toluca" ataca la trayectoria de un antiguo alcalde de la capital del Estado que se presentaba al puesto de nuevo en las elecciones de 2009. Con los acordes de los Montescos y Capuletos de Prokofiev de fondo, el video repasa una serie de acusaciones como la de "él es el que se divorció de su secretaria y luego la ascendió en su administración".
Otros contratos que han sido mostrados a the Guardian detallan los blogs y las páginas Web para la promoción del PRI que debían crearse por empresas e individuos externos para las subsidiarias de Televisa Comercio Más y Desarrollo Vista Hermosa S.A. de C.V.
Un conjunto de instrucciones a los miembros del equipo les indica que distribuyan un video y lo suban a Facebook y a la red social norteamericana Hi5.
El video, del que no se revela el origen, acusa al alcalde de una ciudad del Estado de usar recursos públicos para hacer campaña por el PAN. El texto del video no hace mención de ninguna filiación política específica y termina con las palabras "envíalo a tus amigos … estoy muy enfadado con esto".
Televisa ha rehusado reunirse con the Guardian para discutir las acusaciones. Primero ignoró nuestra petición sobre sus comentarios al respecto y más tarde propuso una reunión con consejeros legales presentes. Cuando the Guardian envió una lista de ocho preguntas con un pequeño documento de ejemplo adjunto, un portavoz canceló la reunión diciendo que los documentos no se habían enviado en "el momento adecuado".
La cadena añadió que Comercio Más trabajó para todos los grandes partidos. Declaró que "Comercio Más es una pequeña subsidiaria participada al 100% que estaba y está a cargo del portal Esmas y desde 2008 ha estado intentado desarrollar habilidades para la colocación de publicidad online. Comercio Más o Esmas ha hecho presentaciones de su capacidad a entidades públicas y privadas. En cuanto a lo que se refiere a partidos políticos, Comercio Más ha firmado acuerdos con diversos partidos políticos incluyendo los principales partidos del espectro político (PRI, PAN, Movimiento Ciudadano y PRD). Los objetivos de Esmas siempre han sido legales".
"Y lo que es más, después del proceso electoral federal del 2009, el trabajo de Comercio Más y sus ingresos provenientes de partidos políticos fue auditado por la Autoridad Electoral, el IFE, que emitió la resolución GC223/2010. El IFE se mostró satisfecho con la revisión que se llevó a cabo."
Pero César Yáñez portavoz del PDR negó todo conocimiento de Comercio Más o de su portal Esmas. Este portavoz declaró que "Nunca lo he escuchado. No han hecho ningún trabajo para nosotros, ni en esta campaña (presidencial) ni previamente." Si Televisa o el PRI sugirieron otra cosa, añadió, estaban equivocados. "Es completamente falso".
Otra evidencia del trabajo encargado por Televisa para promocionar a Peña Nieto viene de un documento presuntamente enviado por un empleado de la empresa estadounidense Blue State Digital en el que pregunta sobre los pagos pendientes tras la finalización de "diversas tareas para Televisa". La lista adjunta incluye "muchas conferencias telefónicas y reuniones para discutir la estrategia Web para Handcock".

Blue State Digital

Blue State Digital es conocida por haber ayudado a desarrollar la estrategia de Barak Obama en Internet en las elecciones presidenciales de 2008 en los Estados Unidos. Blue State Digital no ha respondido a nuestra petición de hacernos llegar sus comentarios al respecto.
Otro documento, en apariencia enviado por una compañía llamada Producciones Salón a la dirección de Germán Arellano, un empleado de alto nivel de Televisa, tiene por asunto "propuesta edomex", en referencia al acrónimo del Estado de México. Incluye un presupuesto de las páginas Web para el PRI en el Estado así como "el diseño y la implementación de una estrategia integrada que articule la totalidad de los esfuerzos realizados para Handcock".
Los contratos detallan los pagos que se tenían que hacer por las subsidiarias de Televisa a los proveedores externos del material en apoyo de Peña Nieto. Los documentos no aclaran si Televisa pagó las facturas.
The Guardian no ha podido obtener ninguna respuesta de Producciones Salón que no pudo ser localizada ni en la dirección y los números de teléfono incluidos en el contrato ni en las señas incluidas en su página Web.

Exército Brasileiro conclui obra do Projeto de Integração do Rio São Francisco 30/06/2012

Cabrobó (PE) – No dia 20 de junho, foi realizada a cerimônia que marca o encerramento das obras do trecho I do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF).
Coube ao 2º BEC a construção do Canal de Aproximação à Estação de Bombeamento EBI-01, que possui uma extensão de 2.080 metros, desde a captação no Rio São Francisco até a montante da Estação, e da Barragem de Tucutu, que possui uma extensão total de 1.790 metros e altura de 22 metros, podendo armazenar até 25 milhões de metros cúbicos de água.
A ideia de transposição das águas do Rio Francisco para irrigar todo sertão, existe desde o tempo de Dom Pedro II.  Mas foi em 2007, com a assinatura do Termo de Cooperação entre o Departamento de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro e o Ministério de Integração Nacional, que a Força Terrestre passou a ser empregada nessas obras.
A obra levará água a muitas cidades e populações e possibilitará a agricultura de maneira mais profissional, trazendo desenvolvimento para a região lindeira ao canal.
















Fonte: Exército Brasileiro

Decreto oficializa a Telebras na gestão do satélite brasileiro 30/06/2012

Decreto da presidência da República oficializa a Telebras como responsável pela gestão do satélite geoestacionário brasileiro, que terá que estar lançado até o dia 31 de dezembro de 2014. Segundo o texto, o comitê diretor do projeto será composto dos ministérios das Comunicações, da Defesa e da Ciência, Tecnologia e Inovação, que arcarão com os custos.
Já o grupo-executivo, que será presidido pela Telebras, será composto também por representantes dos ministérios das Comunicações e da Defesa; da Agência Espacial Brasileira (AEB); e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Esse grupo terá a atribuição de propor para aprovação do Comitê Diretor do Projeto os requisitos técnicos do satélite e suas modificações ou derrogações que tenham impacto relevante em custos, cronograma ou desempenho do sistema; e o planejamento, o orçamento e o cronograma de implantação do satélite e da infraestrutura de solo associada.
Cabe à Telebras contratar com terceiros o fornecimento de bens, serviços e obras de engenharia necessários à construção, integração e lançamento do satélite e ao transporte de sinais de telecomunicações, bem como do segmento terrestre correspondente. Junto com a AEB, a estatal elaborará plano conjunto de absorção e transferência de tecnologia.

Para a contratação do satélite, a Telebras criou, em parceria com a Embraer, a empresa Visiona. A íntegra do decreto, que foi publicado na edição desta sexta-feira (29) do Diário Oficial da União, pode ser lida aqui.

Mercosul e Unasul impõem perda total a golpistas paraguaios 30/06/2012



Foi genial a fórmula encontrada pela maioria da comunidade sul-americana de nações para punir os golpistas que depuseram, por meio de uma farsa, o presidente constitucional do Paraguai. Aquele povo será poupado, a posição política que o parlamento golpista paraguaio impunha ao país na questão da entrada da Venezuela no Mercosul foi derrotada e os golpistas sofreram um revés político que os fragiliza na eleição do ano que vem, se houver.
O Paraguai era o entrave à entrada da Venezuela no Mercosul. O ex-presidente Fernando Lugo, por óbvio, aprovava, mas o congresso paraguaio, não. O impasse já durava anos. Com a suspensão do Paraguai da entidade, o que os golpistas tentavam – e conseguiam – impedir com Lugo no Poder não conseguiram impedir com ele fora do poder.
Além disso, a decisão do Mercosul e da Unasul de não impor sanções econômicas ao Paraguai evitará que a comunidade de nações sul-americanas sofra desgaste entre o povo paraguaio, que, segundo informações não confirmadas, em maioria pode estar, até o momento, contra o golpe “parlamentar” que derrubou o presidente constitucional. Essa maioria, obviamente, constitui-se do que mais há no Paraguai: pobres e miseráveis.
Outro benefício da decisão em bloco de Mercosul e Unasul de suspender o Paraguai das entidades sem lhe impor sanções econômicas: contornou a decisão intempestiva de Hugo Chávez de suspender a venda de óleo diesel ao país, o que, obviamente, causaria sofrimento entre a população e poderia, a médio prazo, colocá-la contra nações que ora lhe defendem a democracia.
Para quem não sabe, com a Venezuela no Mercosul Chávez terá que adotar a decisão conjunta do organismo de não retaliar economicamente o Paraguai e, assim, terá que suspender o boicote petrolífero que iria lhe impor.
A sábia decisão dos dois organismos multilaterais também fará os golpistas chegarem fragilizados à eleição do ano que vem, o que permite supor que partidos de esquerda, alguns até sem representação parlamentar, podem sair beneficiados. A maioria dos paraguaios certamente irá optar por não votar em candidatos que poderão ser alvo de antipatia das potências vizinhas, das quais o Paraguai depende.
Por fim, além dos golpistas paraguaios também perdem os golpistas argentinos, bolivianos, brasileiros, chilenos, equatorianos, colombianos , peruanos, venezuelanos… Isso porque muitos desses – ou todos esses – salivaram com a possível vitória do golpe paraguaio. Sem que aqueles que o aplicaram pagassem um preço, isso, por óbvio, estimularia novas aventuras antidemocráticas na região.
Claro que sempre há o risco de o regime endurecer e de, assim, os golpistas, sabendo que suas chances eleitorais não são boas, tentarem melar ou até não realizar a eleição presidencial do ano que vem, quando forças ligadas ou identificadas com Lugo podem retornar ao poder e, agora,  talvez com um parlamento livre de golpistas. Todavia, nem o Mercosul, nem a Unasul esgotaram seus estoques de armas para combater o golpismo paraguaio.
Homenagem dos Movimentos Negros de Juiz de Fora
Escrevi este post de Juiz de Fora (MG), onde participei da cerimônia de abertura da Semana Nelson Silva, evento dos movimentos negros regionais que trabalha para promover a “vizibilização” dos “invisíveis”, que é como os chamei quando estive nesta cidade no ano passado. E que, agora, homenagearam a este blogueiro
Foi emocionante e honroso ter recebido o convite para estar em Juiz de Fora a fim de ser homenageado pela luta deste Blog “por igualdade e justiça”. Por isso, espero poder escrever logo não só sobre a homenagem, mas sobre a história de luta de um povo daquela que já foi uma das cidades mais importantes do mundo.
Relatarei a luta da comunidade negra de uma região dominada pelo racismo de grupos políticos, a candidatura promissora do PT na cidade e, acima de tudo, a luta épica e virtualmente cinematográfica de Adenilde Petrina, guerreira de ébano de pouco mais de um metro e meio de altura que este blog irá apoiar como puder.

Eduardo Guimarães

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Depois do Tocantins, do Madeira e do Xingu, chegou a vez de barrar o Tapajós 29/06/2012



Fim de tarde no rio Tapajós, entre Santarém e Itaituba, no Pará
por Luiz Carlos Azenha

A hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins, foi a última grande obra da ditadura militar. Megalomaníaca. Ergueu-se um imenso paredão de concreto e produziu-se um imenso lago, contra tudo e contra todos.
Os objetivos eram “estratégicos”, nos diziam.
Estratégicos para o Japão, por exemplo, que queria se livrar de suas indústrias de alumínio e fazia um movimento para exportá-las, transferindo para o Exterior o peso de produzir energia. A produção de alumínio é a atividade industrial mais eletrointesiva
Os japoneses prometeram participar da construção de Tucuruí. No meio do caminho, desistiram. Mas ergueram no Pará, mais especificamente em Barcarena, sua fábrica de alumínio. A Albrás está entre as dez maiores do mundo, fornece cerca de 15% de todo o alumínio consumido no Japão. Na vizinhança tem a Alunorte, que produz alumina. E em São Luís do Maranhão tem a Alumar, que produz alumina e alumínio.
Tucuruí saiu com um sobrepreço gigantesco. Atribuiu-se o preço ao “custo Amazônia”, mas Lúcio Flávio Pinto, o jornalista que é autor do livro Tucuruí, a barragem da ditadura, suspeita que tenha havido mesmo “custo enriquecimento pessoal” de envolvidos.
Entre 1984 e 2004, a Albrás recebeu subsídio de U$ 2 bilhões de dólares na energia de Tucuruí que consumiu! Daria para construir uma fábrica nova.
A Companhia Vale do Rio Doce, então nossa Vale, chegou a ser sócia da Albrás. Mas, já privatizada, vendeu sua participação.
Hoje a Albrás pertence à parceria entre a Nippon Amazon Aluminium, um consórcio de empresas japonesas, e a norueguesa Norsk Hydro.
A Hydro também controla a exploração de bauxita em Paragominas, no Pará, que transforma em alumina na Alunorte, em Barcarena.
A Alumar, instalada em São Luís, pertence à Alcoa, BHP Billiton e RioTintoAlcan.
[A RioTintoAlcan é a mesma que pretende produzir alumínio no Paraguai comprando parte da energia de Itaipu. Mas, aparentemente, quer energia subsidiada]
Sem Tucuruí não haveria essas empresas “brasileiras”, por falta de energia.
Por um tempo muitos de nós imaginamos que a Amazônia seria tratada de uma maneira especial pelo governo brasileiro, dadas as suas especificidades.
Mas o crescimento da economia coloca o País diante de alguns dilemas sobre os quais, curiosamente, praticamente não existe debate nacional. Uma destas questões diz respeito à construção de hidrelétricas na Amazônia.
Depois do Tocantins (Tucuruí), do Madeira (Santo Antonio e Jirau) e do Xingu (Belo Monte), o próximo rio da região a ser barrado é o Tapajós.
Em seus planos, o Ministério das Minas e Energia prevê até 2020 a construção de várias hidrelétricas na bacia do Tapajós-Juruena-Teles Pires.
Em 29 de maio deste ano o Senado aprovou a MP 558, que alterou os limites de sete unidades de conservação, o que, entre outras coisas, viabiliza a construção de hidrelétricas.
Um sinal importante — e bem concreto — de que os planos estão andando.

Em Itaituba, no Pará, muita gente espera pela primeira hidrelétrica ansiosamente, acreditando que vai trazer “desenvolvimento”.
Mas há os críticos, especialmente os ligados ao Parque Nacional da Amazônia, que perdeu um pedaço onde ficam atrativos que poderiam, no futuro, viabilizar o turismo regional.
Entre os ambientalistas e interessados no assunto, o debate é grande.
Nossa primeira contribuição é reproduzir a entrevista que fizemos com o jornalista Lúcio Flávio Pinto, em Belém, que há 46 anos trata de assuntos relativos à Amazônia.
Ele começa falando sobre o projeto do kibutz científico que, acredita, poderia ajudar a mudar a mentalidade ainda corrente de que floresta boa é floresta deitada.
Mas ele trata de outros temas, como o fato de que a Vale engorda enquanto o Pará emagrece. Parte disso se deve à famosa Lei Kandir, que em 1996 isentou do pagamento de impostos os produtos primários e industrializados semi-elaborados destinados à exportação.
Que coincidência, no ano seguinte a Vale foi privatizada!

Viomundo

Fuga do dólar, maior ameaça à hegemonia dos Estados Unidos 29/06/2012

publicado em 28 de junho de 2012 às 22:54
O colapso financeiro que enfrentamos: quando é “mais cedo ou mais tarde”?
por Paul Craig Roberts, no Centro de Pesquisas da Globalização, sugerido pelo Marco Antonio
em 05.06.2012
Desde o início da crise financeira e do Quantitative Easing [QE, equivalente a emissão de dólares pelo Tesouro dos Estados Unidos] há uma questão diante de nós: como o Banco Central norte-americano pode manter taxa de juros zero para os bancos e taxa de juros reais negativas para poupadores e acionistas quando o governo dos Estados Unidos está acrescentando 1,5 trilhão de dólares à dívida nacional todo ano, através dos déficits de orçamento? Não faz tempo o Banco Central anunciou que manteria a política por mais 2 ou 3 anos. Na verdade, o Fed [BC norte-americano] está preso a esta política. Sem a taxa de juros artificialmente baixa, o serviço da dívida nacional seria tão grande que levantaria dúvidas sobre a qualidade do crédito do Tesouro dos Estados Unidos e a viabilidade do dólar, e os trilhões de dólares em derivativos relacionados à taxa de juros e outros derreteriam.
Em outras palavras, a desregulamentação financeira que levou à jogatina de Wall Street, a decisão do governo dos Estados Unidos de resgatar os bancos e mantê-los flutuando e a política de juros zero do Banco Central colocaram o futuro dos Estados Unidos e de sua moeda em uma posição perigosa e insustentável. Será impossível continuar a inundar os mercados de ações com 1,5 trilhão de dólares em novos papéis todo ano quando a taxa de juros dos papéis é inferior à taxa de inflação. Todos os que compram papéis do Tesouro estão comprando um bem em depreciação. Além disso, o risco de investimento nos papéis do Tesouro é muito alto. As baixas taxas de juros significam que o preço pago pelo papel do Tesouro é muito alto. Um aumento na taxa de juros, que virá mais cedo ou mais tarde, vai provocar o colapso do preço dos papéis do Tesouro e provocar perdas de capital dos investidores, tanto domésticos quanto estrangeiros.
A pergunta é: quando é mais cedo ou mais tarde? A proposta deste artigo é examinar a questão.
Vamos começar respondendo a uma pergunta: como esta política insustentável conseguiu durar tanto tempo?
Um número de fatores contribui para a estabilidade do dólar e do mercado de ações. Um fator muito importante é a situação na Europa. Existem problemas reais lá e a imprensa financeira mantém nosso foco na Grécia, na Europa e no euro. A Grécia vai deixar a União Europeia ou será expulsa? Os problemas da dívida soberana vão se estender à Espanha e Itália e essencialmente a todos os lugares com exceção da Alemanha e da Holanda?
Haverá o fim da União Europeia e do euro? São todas questões muito dramáticas, que mantém o foco longe da situação norte-americana, que provavelmente é muito pior.
O mercado dos papéis do Tesouro também é ajudado pelo temor que os investidores individuais sentem em relação ao mercado de ações, que se transformou num cassino pelas “negociações de alta frequência”.
“Negociação de alta frequência” é negociação eletrônica, baseada em modelos matemáticos. Firmas de investimento competem na base da velocidade, capturando ganhos em frações de um centavo e ficando de posse dos papéis por apenas alguns segundos. Não há investidores de longo prazo. Contentes com seus ganhos diários, eles liquidam suas posições ao final de cada dia.
“Negociações de alta frequência” são responsáveis por de 70 a 80% do mercado de ações. O resultado é a azia dos investidores tradicionais, que estão deixando o mercado de ações. Eles acabam comprando papéis do Tesouro, porque estão incertos sobre a solvência dos bancos, que pagam quase nada de juros, enquanto os papéis de dez anos do Tesouro pagam taxa nominal de juros de 2%, o que significa, usando o Índice de Preços ao Consumidor oficial, que os investidores estão perdendo 1% de seu capital por ano [diferença entre a taxa de juros paga pelo Tesouro e a inflação].
Usando a medida correta de inflação dos Estados Unidos, de John Williams (shadowstats.com), os investidores/emprestadores estão perdendo mais. Ainda assim, a perda é cerca de 2 pontos percentuais menor que se o dinheiro ficasse depositado nos bancos. Ao contrário dos bancos, o Tesouro pode pedir ao Banco Central dos Estados Unidos que imprima dinheiro para resgatar seus papéis. Assim sendo, o investimento nos papéis do Tesouro pelo menos dá um retorno nominal, ainda que o valor real de retorno seja muito menor.
A mídia financeira prostituta nos diz que a fuga de investidores na dívida soberana europeia — do euro em risco — e a fuga de investidores do contínuo desastre do mercado imobiliário, em direção ao papéis do Tesouro, acabam fornecendo o financiamento para os déficits anuais de U$ 1,5 trilhão de Washington. Investidores influenciados pela imprensa financeira podem, de fato,  estar respondendo assim. Outra explicação para a estabilidade das políticas insustentáveis do BC norte-americano é o conluio entre Washington, o Banco Central e Wall Street. Trataremos disso mais adiante.
Ao contrário do Japão, que tem a maior dívida nacional de todas, os norte-americanos não são donos de sua própria dívida pública. A maior parte da dívida dos Estados Unidos é de propriedade de estrangeiros, especialmente da China, Japão e da OPEP, dos países exportadores de petróleo. Isso coloca a economia dos Estados Unidos em mãos estrangeiras. Se a China, por exemplo, for indevidamente provocada por Washington, poderia jogar U$ 2 trilhões em bens denominados em dólar nos mercados mundiais. Todos os tipos de preço desabariam e o Banco Central dos Estados Unidos teria de imprimir dinheiro rapidamente para comprar os instrumentos financeiros despejados pela China.
Os dólares impressos para comprar os bens descartados pela China expandiriam a provisão de dólares nos mercados de moedas e derrubariam a taxa de câmbio do dólar. O Banco Central dos Estados Unidos, sem moeda estrangeira para comprar os dólares, teria de apelar para swaps cambiais com a Europa, com seus problemas de dívida soberana, por euros; com a Rússia, cercada pelo sistema de mísseis dos Estados Unidos, por rublos; com o Japão, um país até o pescoço com seus compromissos com os Estados Unidos, por ienes. Assim, o BC norte-americano compraria dólares com euros, rublos e ienes.
Estes swaps cambiais seriam registrados contabilmente, seriam irresgatáveis e tornariam o uso de novos swaps problemático. Em outras palavras, mesmo que o governo dos Estados Unidos fosse capaz de pressionar seus aliados e marionetes a trocar suas moedas fortes por dólares depreciados, não seria possível repetir o processo. Os integrantes do Império Americano não querem ficar com dólares mais que os BRICs.
No entanto, para a China se livrar de seus bens em dólares todos de uma vez, seria custoso, já que o valor dos bens cairia no momento em que eles começassem a ser descartados. A não ser que a China enfrente um ataque militar dos Estados Unidos e precise enfraquecer o agressor, a China, como um ator racional, preferirá sair do dólar lentamente. Nem o Japão, a Europa ou a OPEP querem destruir sua própria riqueza, acumulada com os déficits comerciais dos Estados Unidos, mas há indícios de que todos pretendem se livrar de seus bens denominados em dólar.
Ao contrário da imprensa financeira dos Estados Unidos, os estrangeiros que têm bens em dólar observam o orçamento anual dos Estados Unidos e o déficit comercial do país, observam a economia que afunda, observam a jogatina a descoberto de Wall Street, observam os planos de guerra da hegemonia delirante e concluem: “Tenho de ser cuidadoso para sair disso”.
Os bancos norte-americanos têm um forte interesse em preservar o status quo. Eles são donos de grandes quantidades de papéis do Tesouro e potencialmente serão maiores donos ainda. Os bancos podem emprestar do BC dos Estados Unidos a taxa de juros zero e com esse dinheiro compram papéis do Tesouro, de vencimento em 10 anos, que pagam juros de 2%. Ou seja, os bancos têm lucro nominal de 2% para usar contra eventuais perdas em derivativos. Os bancos podem emprestar dinheiro do BC de graça e usá-lo como garantia para suas transações em derivativos. Como diz Nomi Prins, os bancos não se livram dos papéis do Tesouro porque isso seria jogar contra seus próprios interesses e sua fonte de financiamento grátis. Além disso, no caso de uma fuga estrangeira dos dólares, o BC dos Estados Unidos poderia aumentar a demanda estrangeira por dólares exigindo que bancos estrangeiros que operam nos Estados Unidos aumentassem suas reservas, que são denominadas em dólar norte-americano.
Eu poderia prosseguir, mas acho que é o suficiente para demonstrar que mesmo os atores envolvidos no processo, que poderiam acabar com ele, têm muito a ganhar não balançando o barco. Preferem, silenciosa e lentamente, sair do dólar, antes que a crise bata. Isso não é possível indefinidamente, já que o processo gradual de saída do dólar resultará em quedas contínuas dos bens denominados em dólar, que levarão a uma corrida em busca da porta de saída, mas o povo norte-americano não é o único povo delirante no mundo.
O lento processo de saída do dólar pode derrubar a casa norte-americana. Os BRICs — Brasil, a maior economia da América do Sul; Rússia, a economia com armas nucleares e produção independente de energia, da qual a Europa ocidental (marionete de Washington) depende para energia; a Índia, que tem armas nucleares e é um dos dois gigantes da Ásia; a China, que tem armas nucleares, é o maior credor de Washington (depois do próprio BC dos Estados Unidos), fornece produtos manufaturados e de alta tecnologia e é o novo espantalho para justificar a próxima guerra fria lucrativa do complexo industrial-militar;  a África do Sul, maior economia da África — estão em processo de formação de um novo banco. O novo banco vai permitir a estas cinco grandes economias conduzir comércio entre si sem usar os dólares norte-americanos.
Além disso, o Japão, marionete dos Estados Unidos desde a Segunda Guerra Mundial, está próximo de fechar um acordo com a China pelo qual o iene japonês e o yuan chinês serão trocados diretamente. O comércio entre os dois países asiáticos será conduzido em suas próprias moedas, sem o uso do dólar. Isso reduz o custo do comércio entre os dois países, ao eliminar o pagamento de comissões na conversão dos ienes e dos yuans em dólares e de volta em ienes e yuans.
A explicação oficial para este novo relacionamento direto, que evita o uso do dólar norte-americano, é conversa de diplomata. Os japoneses esperam, como os chineses, sair da prática de acumular cada vez mais dólares estacionando o dinheiro dos superávits comerciais em papéis do Tesouro dos Estados Unidos. O governo marionete do Japão espera que Washington não exija o cancelamento do acordo com a China.
Agora chegamos aos detalhes. A pequena porcentagem de norte-americanos que está informada sobre o que está acontecendo fica em dúvida sobre o motivo pelo qual os banqueiros escaparam de seus crimes financeiros sem serem processados. A resposta pode ser que os bancos “muito grandes para falir” são adjuntos de Washington e do Banco Central dos Estados Unidos na manutenção da estabilidade do dólar e do mercado de papéis do Tesouro, diante da política insustentável que acabamos de explicar.
Primeiro vamos dar um olhada em como os grandes bancos podem manter a taxa de juros dos papéis do Tesouro baixas, menores que a inflação, apesar do constante aumento da relação dívida/PIB dos Estados Unidos — preservando assim a capacidade do Tesouro de sustentar a dívida.
Os bancos muito grandes para falir têm um enorme interesse em manter a taxa de juros baixa e no sucesso das políticas do Fed [Banco Central]. Os grandes bancos estão em posição de garantir o sucesso da política do BC. O JPMorganChase e outros bancos gigantes podem derrubar a taxa de juros dos papéis do Tesouro e, com isso, forçar alta no mercado de ações, ao vender Interest Rate Swaps (IRSwaps), swaps de taxa de juros.
Uma companhia financeira que vende IRSwaps promete pagar taxa de juros flutuante em papéis com taxa de juros fixa. O comprador está comprando um acordo que requer dele pagar uma taxa de juros fixa em troca de receber uma taxa de juros flutuante.
A razão para o vendedor do IRSwap fazer o negócio é sua crença de que a taxa de juros vai cair. A própria venda faz a taxa cair, provocando aumento no preço dos papéis do Tesouro. Quando isso acontece, como demonstram os gráficos aqui, há uma recuperação no mercado de papéis do Tesouro que a mídia financeira prostituta atribui a “fuga em direção ao porto seguro do dólar e dos papéis do Tesouro”. Na verdade, há indícios de que os swaps são vendidos por Wall Street sempre que o Banco Central precisa evitar o aumento da taxa de juros para proteger sua política insustentável. A venda de swaps cria a impressão de uma fuga em direção ao dólar, mas nenhuma fuga acontece. Como os IRSwaps não exigem troca de valores ou bens reais, são apenas uma aposta nos movimentos da taxa de juros, não há limite no volume de venda de IRSwaps.
Este aparente conluio sugere a alguns observadores que a razão pela qual os banqueiros de Wall Street não foram processados por seus crimes é que eles são parte essencial da política do Banco Central de preservar o dólar norte-americano como moeda mundial. Provavelmente o conluio entre o BC e os bancos é organizado, mas não tem necessariamente de ser. Os bancos são beneficiários da política de juros zero do BC. É do interesse dos bancos apoiá-la. Um conluio organizado não é necessário.
Vamos agora tratar do ouro e da prata. Baseado em análises confiáveis, Gerald Celente e outros analistas previram que o preço do ouro seria de 2 mil dólares por onça no fim do ano passado. Ouro e prata continuaram durante 2011 sua alta de dez anos de duração, mas em 2012 o preço do ouro e da prata foram derrubados, com o ouro caindo 350 dólares de seu valor recorde, de U$ 1.900 por onça.
Em vista da análise que apresentei, qual é a explicação para esta reversão? A resposta mais uma vez é a aposta na queda dos preços. Gente que tem conhecimento do setor financeiro acredita que o BC (e talvez também o Banco Central Europeu) faz vendas a descoberto através de bancos de investimento, garantindo quaisquer perdas com o apertar de uma tecla de computador, já que bancos centrais podem criar dinheiro do ar.
Gente de dentro me informa que uma pequena porcentagem dos que compram querem a entrega física do ouro ou da prata, mas se contentam depois com acordos financeiros. Não há limite para a venda de opções de ouro ou prata. Estas vendas podem exceder o valor total da quantidade conhecida de ouro ou prata.
Gente que tem acompanhado o processo por anos acredita que a venda dirigida pelo governo de opções de compra de ouro ou prata acontece faz muito tempo. Mesmo sem participação do governo, os bancos podem controlar o volume das negociações de papel lastreado em ouro e lucrar com as oscilações decorrentes. As vendas recentes tem sido tão agressivas que não apenas reduzem a alta de preços dos metais, mas provocam sua queda. Essa agressividade é sinal de que o sistema está prestes a dissolver?
Em outras palavras, “nosso governo”, que alegadamente nos representa, em vez dos poderosos interesses privados que elegem “nosso governo”, com suas contribuições multimilionárias de campanha, agora legitimado pela Suprema Corte republicana, está fazendo o possível para nos privar — meros cidadãos, escravos, trabalhadores escravos e “extremistas domésticos” — do direito de proteger nossa riqueza da política de deboche da moeda praticada pelo Banco Central. Vendas a descoberto [naked short-selling] evitam que aumento da demanda por barras físicas de ouro ou prata aumentem o preço dos metais.
Jeff Nielson explica outra forma pela qual os bancos fazem vendas a descoberto de ouro e prata, ainda que não os possuam fisicamente. Nielson diz que o [banco] JPMorgan é curador do maior fundo de prata existente e é também o maior vendedor de prata a descoberto. Sempre que o fundo aumenta sua reserva de barras de prata, o JP Morgan vende uma quantidade igual a descoberto. As vendas compensam o aumento que resultaria de maior demanda física pela prata. Nielson também diz que os preços de metais podem ser contidos com o aumento das garantias exigidas dos interessados em comprar ouro ou prata. A conclusão é de que os mercados de ouro e prata podem ser manipulados tanto quanto os mercados de papéis do Tesouro e de taxas de juros.
Por quanto tempo podem continuar as manipulações? Quando a proverbial m…. vai atingir o ventilador?
Se soubessemos a data precisa, seriamos os próximos megabilionários.
Seguem alguns catalisadores que podem detonar o fogo que consumirá o mercado de papéis do Tesouro e o dólar norte-americano:
Uma guerra, exigida pelo governo israelense, contra o Irã, começando na Síria, que interrompa o fluxo de petróleo e, portanto, afete a estabilidade das economias ocidentais ou que leve os Estados Unidos e suas marionetes da OTAN a um conflito armado com a Rússia ou a China. O aumento nos preços do petróleo degradaria ainda mais as economias dos Estados Unidos e da União Europeia, mas Wall Street ganharia direito nas vendas de petróleo.
Uma estatística desfavorável que acorde os investidores para o estado da economia dos Estados Unidos, uma estatística que a mídia prostituta não consiga esconder.
Um confronto com a China, que leve o governo chinês a decidir que derrubar os Estados Unidos para um status de terceiro mundo valha um trilhão de dólares.
Outros erros no mercado de derivativos, como o recente do JPMorganChase, que derrube de novo o sistema financeiro dos Estados Unidos e nos relembre que nada mudou.
A lista é longa. Existe um limite para o número de erros estúpidos e políticas financeiras corruptas que o restante do mundo está disposto a aceitar dos Estados Unidos. Quando aquele limite for atingido, acabou para o “único superpoder do mundo” e para os donos de bens denominados em dólar.
A desregulamentação financeira converteu o sistema financeiro, que no passado serviu a empresas e consumidores, num cassino cujas apostas não estão cobertas. Estas apostas descobertas, juntamente com a política de juros zero do Banco Central, expuseram o padrão de vida e a riqueza dos norte-americanos a grande declínio. Aposentados que dependem de sua poupança e investimento não ganham nada e são forçados a consumir seu capital, com isso acabando com o capital dos herdeiros. A riqueza acumulada é consumida.
Como resultado da transferência de empregos para o exterior, os Estados Unidos se tornaram um país dependente de importações, de bens manufaturados, roupas e sapatos estrangeiros. Quando a taxa de câmbio do dólar cai, os preços nos Estados Unidos sobem e o consumo nos Estados Unidos sofre. Os norte-americanos vão consumir menos e seu padrão de vida vai cair dramaticamente.
As sérias consequências dos enormes erros cometidos em Washington, em Wall Street e nos escritórios das corporações estão sendo enfrentados como uma política insustentável de taxa de juros baixa e por uma imprensa financeira corrupta, enquanto a dívida se acumula. O Banco Central já passou por esta experiência antes. Durante a Segunda Guerra Mundial o Fed manteve as taxas de juros baixas para ajudar o Tesouro a financiar a guerra, reduzindo assim os juros pagos na dívida acumulada no esforço de guerra. O BC manteve os juros baixos comprando papéis da dívida. A inflação resultante, no pós-guerra, levou ao Acordo BC-Tesouro de 1951, pelo qual o Banco Central deixou de monetizar a dívida e permitiu o aumento das taxas de juros.
O presidente do Fed, Bernanke, tem falado sobre um “estratégia de saída” e disse que quando a inflação ameaçar, ele poderá evitá-la tirando dinheiro do sistema bancário. No entanto, ele só pode fazer isso vendendo papéis do Tesouro, o que significa aumento na taxa de juros. Um aumento na taxa de juros ameaça a estrutura dos derivativos, causando perda no mercado de ações e aumento no custo das dívidas privada e pública. Em outras palavras, evitar a inflação causada pela monetização da dívida causaria problemas mais imediatos que a inflação. Em vez de provocar o colapso do sistema, o BC não escolheria inflacionar?
Eventualmente, a inflação erodiria o poder de compra do dólar, o uso dele como moeda de reserva mundial e a nota do crédito do governo dos Estados Unidos seria rebaixada. No entanto, o Fed, os políticos e os gângsters financeiros prefeririam uma crise mais tarde, em vez de uma crise agora. Entregar um navio que afunda para a próxima geração é melhor que afundar com ele. Enquanto os swaps de taxa de juros puderem ser usados para impulsionar os preços dos papéis do Tesouro e enquanto as vendas a descoberto de ouro e prata puderem ser usadas para evitar o aumento no preço dos metais, a imagem falsa dos Estados Unidos como porto seguro para os investidores pode ser perpetuada.
No entanto, os 230 trilhões de dólares em apostas em derivativos feitas por bancos norte-americanos podem trazer suas próprias surpresas. O JPMorganChase foi obrigado a admitir que sua perda recente de 2 bilhões de dólares em derivativos foi maior que isso. Quanto mais, ainda não sabemos. De acordo com o Controlador da Moeda, os cinco maiores bancos dos Estados Unidos emitiram 97,7% de todos os derivativos. Os cinco bancos que emitiram 226 trilhões em derivativos são jogadores comprometidos. Por exemplo, o JPMorganChase tem um total de U$ 1,8 trilhão de bens em carteira, mas U$ 70 trilhões em apostas em derivativos, uma relação de 39 dólares em apostas em derivativos para cada dólar na carteira. Tal banco não precisa perder muitas apostas até sucumbir.
Bens, naturalmente, não são capital sem risco. De acordo com o relatório do Controlador da Moeda, em 31 de dezembro de 2011 o JPMorgamChase tinha U$ 70,2 trilhões em derivativos e apenas U$ 136 bilhões em capital. Em outras palavras, as apostas do banco em derivativos são 516 vezes maiores que o capital que cobre aquelas apostas.
É difícil imaginar uma posição mais irresponsável e instável para um banco, mas o Goldman Sachs é o campeão. Com apostas de U$ 44 trilhões em derivativos, o banco tem apenas U$ 19 bilhões em capital, resultando em apostas 2.295 vezes maiores que o capital do banco para cobrí-las.
Apostas na taxa de juros representam 81% de todos os derivativos. São estes derivativos que sustentam os altos preços dos papéis do Tesouro, apesar dos massivos aumentos da dívida dos Estados Unidos e de sua monetização.
As apostas em derivativos dos bancos dos Estados Unidos, de U$ 230 trilhões, concentradas em cinco bancos, são 15,3 vezes maiores que o PIB dos Estados Unidos. Um sistema político falido que permite a bancos desregulamentados fazer apostas 15 vezes maiores que a economia dos Estados Unidos é um sistema destinado a fracasso catastrófico. Quando se espalhar a informação sobre esta fantástica falta de responsabilidade dos sistemas político e financeiro dos Estados Unidos, a catástrofe vai se tornar realidade.
Todos querem uma solução, então vou sugerir uma. O governo dos Estados Unidos deveria simplesmente cancelar os U$ 230 trilhões em apostas em derivativos, declarando-as nulas. Como bens reais não estão envolvidos, apenas a jogatina em valores, o único grande efeito de cancelar todos os swaps seria tirar U$ 230 trilhões de risco do sistema financeiro. Os gângsters financeiros que querem continuar a lucrar enquanto o público subscreve suas perdas iriam gritar e protestar alegando a santidade dos contratos. No entanto, um governo que pode matar seus próprios cidadãos ou jogá-los na masmorra sem processo legal pode perfeitamente abolir todos os contratos que quiser em nome da segurança nacional. E, com certeza, ao contrário da guerra contra o terror, purgar o sistema financeiro da jogatina dos derivativos melhoraria muito a segurança nacional.
* Paul Craig Roberts foi secretário assistente do Tesouro dos Estados Unidos, editor assistente do Wall Street Journal, colunista da Business Week e professor de economia. 
Leia também:
Diana Johnstone: A guerra realmente fria, no Ártico, e a contenção de dois BRICs

Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião 29/06/2012

De IBGE


Os resultados do Censo Demográfico 2010 mostram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no Brasil. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha permanecido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010. Dos que se declararam evangélicos, 60,0% eram de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. A pesquisa indica também o aumento do total de espíritas, dos que se declararam sem religião, ainda que em ritmo inferior ao da década anterior, e do conjunto pertencente às outras religiosidades.Os dados de cor, sexo, faixa etária e grau de instruçãorevelam que os católicos romanos e o grupo dos sem religião são os que apresentaram percentagens mais elevadas de pessoas do sexo masculino. Os espíritas apresentaram os mais elevados indicadores de educação e de rendimentos.
As mudanças, no entanto, não se restringem à composição religiosa da população brasileira. O Censo 2010 também registrou modificações nas características gerais da população, como, por exemplo, a aceleração do processo de envelhecimento populacional, a redução na taxa de fecundidade e a reestruturação da pirâmide etária. A investigação sobre cor ou raça revelou que mais da metade da população declarou-se parda ou preta, sendo que em 21 estados este percentual ficou acima da média nacional (50,7%). As maiores proporções estavam no Pará (76,8%), Bahia (76,3%) e Maranhão (76,2%). Apenas em Santa Catarina (84,0%), Rio Grande do Sul (83,2%), Paraná (70,3%) e São Paulo (63,9%) mais da metade da população havia se declarado branca em 2010.
Além disso, quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, declarou possuir pelo menos uma das deficiências investigadas (mental, motora, visual e auditiva), a maioria, mulheres. Entre os idosos, aproximadamente 68% declararam possuir alguma das deficiências. Pretos e amarelos foram os grupos em que se verificaram maiores proporções de deficientes (27,1% para ambos). Em todos os grupos de cor ou raça, havia mais mulheres com deficiência, especialmente entre os pretos (23,5% dos homens e 30,9% das mulheres, uma diferença de 7,4 pontos percentuais). Em 2010, o Censo registrou, ainda, que as desigualdades permanecem em relação aos deficientes, que têm taxas de escolarização menores que a população sem nenhuma das deficiências investigadas. O mesmo ocorreu em relação à ocupação e ao rendimento. Todos esses números referem-se à soma dos três graus de severidade das deficiências investigados (alguma dificuldade, grande dificuldade, não consegue de modo algum).
Estas e outras informações integram a publicação Censo Demográfico 2010: Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência, que pode ser acessada pelo link
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas_religiao_deficiencia/default_caracteristicas_religiao_deficiencia.shtm.

Em 30 anos, percentual de evangélicos passa de 6,6% para 22,2%
Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período intercensitário. Em 2000, eles representavam 15,4% da população. Em 2010, chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões). Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.
Já os católicos passaram de 73,6% em 2000 para 64,6% em 2010. Embora o perfil religioso da população brasileira mantenha, em 2010, a histórica maioria católica, esta religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872. Até 1970, a proporção de católicos variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8%.
Esta redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para 70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para 28,5%.
Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro, 45,8% em 2010. O maior percentual era no Piauí, 85,1%. Em relação aos evangélicos, a maior concentração estava em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%).
8,0% dos brasileiros se declararam sem religião em 2010
Entre os espíritas, que passaram de 1,3% da população (2,3 milhões) em 2000 para 2,0% em 2010 (3,8 milhões), o aumento mais expressivo foi observado no Sudeste, cuja proporção passou de 2,0% para 3,1% entre 2000 e 2010, um aumento de mais de 1 milhão de pessoas (de 1,4 milhão em 2000 para 2,5 milhões em 2010). O estado com maior proporção de espíritas era o Rio de Janeiro (4,0%), seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1,0%).
O Censo 2010 também registrou aumento entre a população que se declarou sem religião. Em 2000 eram quase 12,5 milhões (7,3%), ultrapassando os 15 milhões em 2010 (8,0%). Os adeptos da umbanda e do candomblé mantiveram-se em 0,3% em 2010.
Homens estão em maior proporção entre católicos e sem religião
Com proporções de 65,5% para homens e 63,8% para mulheres, os católicos são, junto com os sem religião (9,7% para homens e 6,4% para mulheres), os que apresentam mais declarantes do sexo masculino. Nos demais grupos, as mulheres eram maioria.
A proporção de católicos também foi maior entre as pessoas com mais de 40 anos, chegando a 75,2% no grupo com 80 anos ou mais. O mesmo se deu com os espíritas, cuja maior proporção estava no grupo entre 50 e 59 anos (3,1%). Já entre os evangélicos, os maiores percentuais foram verificados entre as crianças (25,8% na faixa de 5 a 9 anos) e adolescentes (25,4% no grupo de 10 a 14 anos).
No que tange ao recorte por cor ou raça, as proporções de católicos seguem uma distribuição aproximada à do conjunto da população: 48,8% deles se declaram brancos, 43,0%, pardos, 6,8%, pretos, 1,0%, amarelos e 0,3%, indígenas. Entre os espíritas, 68,7% eram brancos, percentual bem mais elevado que a participação deste grupo de cor ou raça no total da população (47,5%). Entre os evangélicos, a maior proporção era de pardos (45,7%). A maior representatividade de pretos foi verificada na umbanda e candomblé (21,1%). No grupo dos sem religião, a declaração de cor mais presente também foi parda (47,1%).
População espírita tem os melhores indicadores de educação
Os resultados do Censo 2010 indicam importante diferença dos espíritas para os demais grupos religiosos no que se refere ao nível de instrução. Este grupo religioso possui a maior proporção de pessoas com nível superior completo (31,5%) e as menores percentagens de indivíduos sem instrução (1,8%) e com ensino fundamental incompleto (15,0%). Já os católicos (6,8%), os sem religião (6,7%) e evangélicos pentecostais (6,2%) são os grupos com as maiores proporções de pessoas de 15 anos ou mais de idade sem instrução. Em relação ao ensino fundamental incompleto são também esses três grupos de religião que apresentam as maiores proporções (39,8%, 39,2% e 42,3%, respectivamente).
Os católicos e os sem religião foram os grupos que tiveram os maiores percentuais de pessoas de 15 anos ou mais de idade não alfabetizadas (10,6% e 9,4%, respectivamente). Entre a população católica é proporcionalmente elevada a participação dos idosos, entre os quais a proporção de analfabetos é maior. Por outro lado, apenas 1,4% dos espíritas não são alfabetizados.
Mais de 60% dos evangélicos pentecostais recebem até 1 salário mínimo
A comparação da distribuição das pessoas de 10 anos ou mais de idade por rendimento mensal domiciliar per capita revelou que 55,8% dos católicos estavam concentrados na faixa de até 1 salário mínimo. Mas são os evangélicos pentecostais o grupo com a maior proporção de pessoas nessa classe de rendimento (63,7%), seguidos dos sem religião (59,2%). No outro extremo, o das classes de rendimento acima de 5 salários mínimos, destaca-se o percentual observado para as pessoas que se declararam espíritas (19,7%).
Brasileiro vive 25 anos a mais que em 1960
Em meio século (1960-2010), a esperança de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos, passando de 48,0 para 73,4 anos. Por outro lado, o número médio de filhos por mulher caiu de 6,3 filhos para 1,9 nesse período, valor abaixo do nível de reposição da população. Essas mudanças alteraram a pirâmide etária, com estreitamento da base e o alargamento do topo, refletindo a estrutura de população mais envelhecida, característica dos países mais desenvolvidos.
Participação de idosos na população saltou de 2,7% para 7,4%
A redução dos níveis de fecundidade acarretou a diminuição de 42,7% (1960) para 24,1% (2010) da participação da população entre 0 e 14 anos de idade no total. Além da queda da fecundidade, a diminuição da mortalidade proporcionou um aumento de 54,6% para 68,5%, nesse período, da participação da população em idade ativa (15 a 64 anos de idade). Já o aumento na participação da população de 65 anos ou mais, no período 1960/2010, saltou de 2,7% para 7,4%.
O Censo 2010 revelou, ainda, que, ao longo de cinco décadas, a razão de sexo passou de 99,8 (1960) homens para cada 100 mulheres para 96 homens. O resultado decorre da superioridade da mortalidade masculina em relação à feminina.
31,1% de brancos e 12,8% de pretos entre 15 e 24 anos frequentavam nível superior
Em 2010, viviam no país 91 milhões de pessoas que se classificaram como brancas (47,7%), cerca de 82 milhões que se declararam pardos (43,1%) e 15 milhões, pretos (7,6%). Os amarelos chegaram a quase 2 milhões (1,1%) e os indígenas a 817 mil (0,4%). A população indígena estava concentrada (60,8%) nas áreas rurais, enquanto 15,6% do total da população brasileira vivia nessas áreas.
No grupo de pessoas de 15 a 24 anos que frequentava estabelecimento de ensino, houve forte diferença no acesso a níveis de ensino pela população segmentada por cor ou raça. No nível superior, encontravam-se 31,1% dos brancos nesse grupo etário, enquanto apenas 12,8% dos pretos e 13,4% dos pardos. O Censo revelou, também, que a defasagem entre idade e nível de ensino que a pessoa frequentava atingiu cerca de 50% das pessoas de 15 a 24 anos que estavam no ensino fundamental, enquanto já deveriam ter alcançado ao menos o ensino médio.
Ao se observar a posição na ocupação entre brancos, pretos e pardos, observou-se uma maior representação das pessoas que se declararam brancos entre os grupos com proteção da previdência social (empregados com carteira de trabalho assinada, militares e funcionários públicos estatutários), assim como entre os empregadores (3,0% entre brancos, enquanto 0,6% entre pretos e 0,9% entre pardos).
67,7% dos idosos possuíam alguma deficiência em 2010
O Censo 2010 aprofundou a investigação sobre as características das pessoas com deficiência no Brasil, coletando, no questionário da amostra, aplicado a 6,2 milhões de domicílios, dados referentes à distribuição espacial, idade, sexo, cor ou raça, alfabetização, frequência escolar, nível de instrução e características de trabalho.
No Brasil, de aproximadamente 45,6 milhões de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 38,5 milhões viviam em áreas urbanas e 7,1 milhões em áreas rurais. Na análise por sexo, observou-se que 26,5% da população feminina (25,8 milhões) possuía pelo menos uma deficiência, contra 21,2% da população masculina (19,8 milhões).
O Censo 2010 também investigou a prevalência de pelo uma das deficiências por faixa de idade, e constatou que era de 7,5% nas crianças de 0 a 14 anos; 24,9% na população de 15 a 64 anos e 67,7% na população com 65 anos ou mais de idade. O maior contingente com pelo menos uma deficiência ocorreu na população de 40 a 59 anos, correspondendo a aproximadamente 17,4 milhões de pessoas, sendo 7,5 milhões de homens e 9,9 milhões de mulheres.
Quase 1/3 das mulheres negras possuem alguma deficiência
A deficiência visual, que atingia 35,8 milhões de pessoas em 2010, era a que mais acometia tanto homens (16,0%) quanto mulheres (21,4%), seguida da deficiência motora (13,3 milhões, 5,3% para homens e 8,5% para mulheres), auditiva (9,7 milhões, 5,3% para homens e 4,9% para mulheres) e mental ou intelectual (2,6 milhões, 1,5% para homens e 1,2% para mulheres).
Em relação à cor ou raça, as populações que se declararam preta ou amarela foram as que apresentaram maior percentual de pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas, 27,1% para ambas, e o menor percentual foi observado na população indígena, 20,1%. A população feminina apresentou percentuais superiores para qualquer cor ou raça declarada, sendo que a maior diferença foi encontrada entre as mulheres (30,9%) e os homens (23,5%) de cor preta, 7,4 pontos percentuais, e a menor diferença, de 3,4 p.p, entre os homens (18,4%) e mulheres (21,8%) indígenas.
Escolarização: 95,2% das crianças com deficiência frequentam escola
Para a população de 15 anos ou mais de idade com pelo menos uma das deficiências investigadas, a taxa de alfabetização foi de 81,7%, uma diferença de 8,9 pontos percentuais em relação ao total da população na mesma faixa etária (90,6%). A região Sudeste apresentou a maior taxa de alfabetização dessa população (88,2%) e a região Nordeste, a menor (69,7%).
Já em relação à taxa de escolarização, 95,2% das crianças de 6 a 14 anos com deficiência frequentavam escola, 1,9 pontos percentuais abaixo do total da população nessa faixa etária (97,1%). Para a mesma população, em nível regional, destacou-se a região Norte com a menor taxa de escolarização (93,3%), porém com a menor diferença entre crianças com (94,0%) e sem deficiência (93,3%.), indicando que a inclusão escolar na região Norte sofre influência de outros fatores, como a infraestrutura de transporte. A maior diferença foi observada na região Sul, 97,7% e 95,3%, respectivamente.
Quando se observa o nível de instrução, a diferença é mais acentuada. Enquanto 61,1% da população de 15 anos ou mais com deficiência não tinha instrução ou possuía apenas o fundamental incompleto, esse percentual era de 38,2% para as pessoas dessa faixa etária que declararam não ter nenhuma das deficiências investigadas, representando uma diferença de 22,9 pontos percentuais. A menor diferença estava no ensino superior completo: 6,7% para a população de 15 anos ou mais com deficiência e 10,4% para a população sem deficiência. Destaca-se que na região Sudeste 8,5% da população de 15 anos ou mais com deficiência possuíam ensino superior completo.
Trabalhadores com deficiência representam 23,6% do total de pessoas ocupadas
Em 2010, a população ocupada com pelo uma das deficiências investigadas representava 23,6% (20,4 milhões) do total de ocupados (86,4 milhões). Das 44,0 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa (10 anos ou mais), 53,8% (23,7 milhões) não estava ocupada. Em relação ao total da população que não estava ocupada (75,6 milhões), a população com deficiência representava 31,3%.
Desigualdade de gênero no mercado de trabalho é reproduzida entre deficientes
Para analisar a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, utilizou-se como indicadores a taxa de atividade, que é o percentual de pessoas economicamente ativas na população de 10 ou mais anos de idade; e o nível de ocupação, que é o percentual de pessoas de 10 anos ou mais ocupadas na semana de referência.
Para a população com pelo menos uma das deficiências, a taxa de atividade foi de 60,3% para os homens contra 41,7% para as mulheres, uma diferença de 18,6 pontos percentuais. Já em relação ao nível de ocupação, a diferença foi de 19,5 p.p: 57,3% para os homens contra 37,8% para as mulheres.
Em relação à taxa de atividade por tipo de deficiência, a deficiência mental foi a que mais limitou a inserção no mercado de trabalho, tanto para homens como para mulheres (cujas taxas de atividade foram de 22,2% e 16,1%, respectivamente). A deficiência visual foi a que menos influenciou na taxa de atividade, que ficou em 63,7% para os homens e 43,9% para as mulheres. O mesmo foi observado para o nível de ocupação, que, no geral, ficou em 17,4% para pessoas com deficiência mental e 48,4% para pessoas com deficiência visual.
40,2% das pessoas com deficiência e ocupadas possuem carteira assinada
Considerando a posição na ocupação e categoria de emprego, constatou-se que a maioria das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência, ocupadas na semana de referência, era empregada com carteira assinada (40,2%), uma diferença de 9 pontos percentuais em relação à população sem qualquer dessas deficiências (49,2%). Os percentuais de trabalhadores com deficiência por conta própria (27,4%), sem carteira (22,5%), militares e funcionários públicos estatutários (5,9%) e não remunerados (2,2%) são maiores do que na população sem deficiência (20,8%, 20,6% e 5,5%; 1,7%, respectivamente) e na categoria empregador, a diferença foi de 0,3 p.p entre a população sem (2,1%) e com (1,8%) deficiência.
Rendimento: 46,4% das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência recebem até 1 salário mínimo ou não recebem rendimento
Em relação ao rendimento nominal mensal de trabalho recebido pelas pessoas de 10 anos ou mais de idade ocupadas na semana de referência, com pelo menos uma das deficiências investigadas, observou-se que 46,4% dessa população ganhava até um salário mínimo ou não tinham rendimento, uma diferença de mais de nove pontos percentuais para população sem qualquer dessas deficiências (37,1%). As diferenças por existência de deficiência diminuem nas classes mais altas de rendimento.
Ao adicionar a essa análise o tipo de deficiência, constatou-se que, para as pessoas de 10 anos ou mais com deficiência mental ou motora, ocupadas na semana de referência, o maior percentual se encontrava nas classes de mais de meio a um salário mínimo de rendimento de trabalho (27,6% e 28,7%, respectivamente). Já a maior parte das pessoas de 10 anos ou mais com deficiência visual ou auditiva, ocupadas na semana de referência, concentrava-se na classe de 1 a 2 salários mínimos: 29,0% e 28,4%, respectivamente.

Unasul suspende Paraguai até realização de novas eleições 29/06/2012

Os membros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) decidiram nesta sexta-feira, durante a cúpula extraordinária realizada na Argentina, suspender temporariamente o Paraguai do bloco até a realização de novas eleições no país.
A decisão da Unasul, anunciada pelo chanceler argentino, Héctor Timerman, ao término da reunião presidencial realizada na cidade argentina de Mendoza, complementa a resolução adotada pouco antes pelo Mercosul, que também suspendeu o Paraguai até a realização das eleições previstas para abril de 2013. EFE

Irã instalará mísseis em navios no Estreito de Ormuz 29/06/2012

As Forças Armadas do Irã planejam, no futuro próximo, equipar os navios no Estreito de Ormuz pelos mísseis de curto alcance, anunciou a jornalistas o comandante naval da Guarda Revolucionária, Ali Fadavi.
“Já equipamos nossos navios com os mísseis, cujo alcance é de 220 km, e esperamos em breve colocar em funcionamento os foguetes com alcance de mais de 300 km”, – disse Fadavi.
Anteriormente, o Irã tem repetidamente ameaçado bloquear o Estreito de Ormuz, no caso de uma cominação da parte dos EUA ou seus aliados árabes no Golfo Pérsico.

Científicos descubren en Groenlandia el más antiguo cráter de la Tierra 29/06/2012

Moscú, 29 de junio, RIA Novosti.
Geólogos europeos y rusos descubrieron cerca de la ciudad de Maniitsoq, Groenlandia, el más antiguo cráter de la Tierra de 100 kilómetros de diámetro que surgió hace 3.000 millones de años por la caída de un asteroide de 30 kilómetros, dice un artículo publicado en la revista Earth and Planetary Science Letters.
“Este descubrimiento único permite estudiar las consecuencias de un bombardeo meteórico del planeta que se produjo 1.000 millones de años antes de lo que se creía anteriormente. Necesitamos tres años para convencer a la comunidad científica acometer tal estudio. Los empresarios fueron los primeros en reaccionar. Organizaron la exploración del cráter en 2011, esperando encontrar yacimientos de níquel y platino”, dijo Iain McDonald, de la Universidad de Cardiff, quien dirige los estudios.
McDonald y sus colegas, incluido Borís Ivanov, experto de un instituto de la Academia de las Ciencias de Rusia, hicieron tal descubrimiento tras realizar varias expediciones a Groenlandia en 2010 y 2011.
El geólogo Adam Garde, del Servicio Geológico de Dinamarca y Groenlandia, fue el primero en suponer la existencia de un cráter en ese lugar en 2009. Mientras estaba analizando unos mapas geológicos de los alrededores de Maniitsoq, descubrió anomalías extrañas en la estructura de las rocas locales, provocadas, al parecer, por el impacto de un meteorito gigante.
Al estudio de ese fenómeno se incorporaron científicos de Rusia, Gran Bretaña y Suecia. Fueron organizadas dos expediciones, durante las cuales fueron desechadas otras explicaciones de dichas anomalías y se confirmó la del impacto de un meteorito gigante.
Ese acontecimiento se produjo hace unos 3.000 millones de años. Eso explica la ausencia de la taza, forma habitual delos cráteres. Durante un tiempo tal largo, Groenlandia vivió varios períodos glaciales y de formación de montañas, que borraron todas las huellas de la caída del meteorito, excepto las deformaciones provocadas en las rocas por la onda de choque.
Los cálculos realizados permitieron concluir que se trató de un asteroide de más de 30 kilómetros. De caer tal cuerpo sobre un continente, habría provocado un embudo de hasta 600 kilómetros de diámetro, o el doble que el cráter Vredefort en Sudáfrica. Según geólogos, un cuerpo celeste de ese tamaño es capaz de “evaporar” un Estado mediano y borrar de la faz de la Tierra todas las formas superiores de la vida.
Este descubrimiento ayudará también a los astrofísicos  a comprender mejor las condiciones en que se formaban planetas y meteoritos durante la juventud del Sistema Solar, suponen científicos.

RIA Novosti