Este blogue não concorda com o Golpe.
RESISTÊNCIA JÁ
A morte da Marisa, não é diferente da morte dos milhares no Iraque, invadido, na Líbia destroçada, entre outros, as mãos são as mesmas, acrescentadas dos traidores locais.
Horário eleitoral não é gratuito, mas muito bem pago por Joel Leite, no Mundo em Movimento, via Facebook
– Governo vai pagar, em renúncia fiscal, R$ 600 milhões pelo horário ocupado pelos candidatos nas emissoras de rádio e TV.
As emissoras de rádio e televisão chamam o horário eleitoral de “gratuito”. Grátis pra quem?
O governo (nós) paga o horário para as emissoras com a renúncia de
Imposto de Renda. Paga o horário integral ocupado pelos candidatos, como
se estivesse fazendo uma propaganda.
A estimativa da Receita Federal, segundo a Agência Congresso, é que o
horário eleitoral proporciona um faturamento estimado, para este ano,
de R$ 606 milhões para as emissoras.
O Decreto 7.791 de 17/8/12, em seu artigo 1º. define que as emissoras
poderão efetuar a compensação fiscal na apuração do Imposto de Renda de
Pessoa Jurídica, inclusive na base de cálculo dos recolhimentos
mensais previstos pela legislação.
Desde 2002, o governo pagou para as emissoras de TV e rádio R$ 4
bilhões. E eu não li nenhum editorial reclamando do “desperdício de
dinheiro público”.
Em alguns casos o horário “gratuito” é, na verdade, um grande negócio
para a emissora, pois o governo paga todo o tempo de inserção por dia
como se estivesse comprando um espaço publicitário. Ocorre que
originalmente aquele espaço não estava totalmente destinado à
propaganda, mas também a programação: jornalismo, música,
entretenimento, variedades. Assim, o faturamento da rádio ou da TV
aumenta.
O Decreto prevê que o pagamento seja de 80% do preço de tabela da
emissora, isso porque este é o percentual que fica com a empresa, uma
vez que a Agência que veicula a propaganda recebe a comissão de 20%.
Mas um anunciante comum paga bem abaixo do preço de tabela, pois o
negócio é fechado após ampla negociação. É comum descontos de 40%, 50%
sobre o preço de tabela. Às vezes mais. Uma emissora de TV em São Paulo
negociou com uma grande rede de varejo, no ano passado, um contrato
anual com desconto de 95%.
No caso do horário eleitoral “gratuito” não há negociação. É tabela cheia.
Grátis pra quem cara pálida?
José Batista Sobrinho, conhecido como Zé Mineiro, entrou no negócio de
carnes em 1953, quando abriu um pequeno açougue em Anápolis (Goiás).
Trajetória da JBS é marcada por aquisições
Atraído por incentivos fiscais, em 1957 se instalou em Brasília. Anos
depois, começaram as aquisições, que transformaram a Casa de Carnes
Mineira na JBS, líder mundial em carnes.
Aos 78 anos, Zé Mineiro acompanha de perto os negócios da JBS, que leva no nome as suas iniciais.
*
Eu saí de Alfenas, sul de Minas, aos 12 anos de idade com o meu pai, que se mudou para Anápolis, em Goiás.
Depois que saí do Exército, fui trabalhar com o meu irmão. Foi quando começou a parceria nesse negócio de gado. Deu certo.
A gente comprava gado e vendia. Mas eu não entendia nada de peso de boi.
Naquela época, você comprava um boi por tanto e vendia por tanto. Não
falava em peso.
Tínhamos comprado uma boiada grande, boa, e a gente não sabia ao certo o peso dos bois para vender.
Foi isso o que nos levou a abater boi, para conhecer de peso. É
complicado quando você está trabalhando com uma mercadoria que vale o
quanto pesa e você não sabe o peso da mercadoria.
O primeiro passo foi montar um açougue em Anápolis, em 1953. Eu ficava
no açougue, e meu irmão comprava o gado e mandava para mim.
Como a região era fraca de gado, ele ia mais para longe, para Goiânia, e comprava um gado bom para eu abater.
Comecei a oferecer para os outros açougues, mas lá eu abatia só um boi
[por dia]. Então comecei a abater num pequeno matadouro da prefeitura
-bem precário, mas era o que tinha. Mas, dentro de 30 dias, estava
abatendo 25, 30 bois por dia. Era o principal fornecedor de Anápolis.
Foi ali que me arrumaram o nome de Zé Mineiro. Até 1957, toquei abatendo nesse espaço da prefeitura.
MUDANÇA
Brasília surgiu em 1956 e, no começo de 1955, tinha um movimento de
mudança para lá. No início de 1957, a coisa estava bem movimentada.
O Juscelino [Kubitschek] chamando o povo para ajudar a construir
Brasília, dando incentivos, ajuda a funcionários, a fornecedores, a
todos os segmentos.
Para os fornecedores, ele deu quatro anos seguidos de imposto livre. Foi
um chamativo... Além do consumo, que era grande. Tinha muita gente
chegando e não tinha nada.
Aí eu corri para Brasília, para fornecer carne lá. Não tinha condição de
montar abatedouro, então eu abatia no cerrado. Era o que tinha.
O gado passava 15 dias viajando a pé. Quando chegava, eu começava a
abater no cerrado mesmo, no mato. Eu improvisava lá uma coisinha, dava
um jeito. Na época, era o que tinha.
Depois a coisa mudou um pouco, começou a chegar carne de fora. E a
precariedade de abate foi mudando. Montei uma desossa, e a condição foi
melhorando.
Eu não ficava mais no açougue. Cuidava do fornecimento às companhias.
Assim foi por um bom tempo. Comecei em 1957 e esse fornecimento foi até
1965 ou 1966.
Em 1969, eu comprei o primeiro frigorífico com SIF [selo de inspeção
federal], em Formosa [Goiás]. Até então, não se exigia carne "sifada",
mas depois de um tempo começou a se exigir SIF para entrar carne em
Brasília.
FAMÍLIA
Daí pra frente a coisa foi acontecendo. A meninada cresceu e foi tomando conta.
Quem me ajudou muito em Formosa foi o Júnior [o filho mais velho]. O
Wesley [atual presidente da JBS] assumiu mais tarde um frigorífico em
Luziânia [Goiás]. Ele tinha 14 ou 15 anos.
Depois do frigorífico de Luziânia, que abatia 260 cabeças por dia,
compramos um frigorífico que já abatia 1.200 bois em Anápolis. Depois em
Barra do Garça [MT], Goiânia e assim foi crescendo.
Hoje estou mais na área de pecuária, que é um serviço mais calmo,
tranquilo. O mercado de carne exige muito. Eu dou assistência nas
fazendas e no confinamento.
Tenho seis filhos -três homens e três mulheres-, e todos trabalham com a gente. Isso dá tranquilidade.
O Buda espacial tem no peito uma suástica, um símbolo milenar, adotado
ao inverso pelos nazistas - o que talvez explique seu interesse na
estátua. [Imagem: Elmar Buchner]
Buda espacial
Uma antiga estátua budista tem tudo para integrar o roteiro de algum filme no melhor estilo Indiana Jones.
Ela já era valiosa por ter mais de 1.000 anos de idade, além de
possuir em seu currículo o fato de ter sido retirada de seu sítio
original por uma expedição nazista, em 1938.
Agora, Elmar Buchner e seus colegas da Universidade de Stuttgart, na
Alemanha, fizeram uma descoberta que dará um novo sentido ao valor
espiritual da estátua.
Pesando cerca de 10 quilogramas, o artefato foi esculpido não de uma rocha qualquer, mas de um meteorito.
E não de um meteorito qualquer, mas de um siderito, uma classe muito rara de meteoritos de ferro. Estátuas de meteoritos
A estátua representa o deus Vaisravana, também conhecido como
Jambhala no Tibete, o rei budista do norte, um dos quatro reis
celestiais da mitologia budista.
Não se sabe onde a estátua foi encontrada. Ela faz parte de uma
coleção particular, e só se tornou disponível para estudos em 2009.
"A estátua foi esculpida em um meteorito de ferro, de um fragmento do
meteorito Chinga, que caiu na fronteira entre a Mongólia e a Sibéria
cerca de 15.000 anos atrás," disse o Dr. Buchner.
Apesar de interessante, e aumentar o valor histórico da imagem, o fato não é inédito.
Os meteoritos já foram usados por muitas culturas ancestrais,
incluindo os Inuítes, da Groenlândia, e os aborígenes da Austrália.
Acredita-se que também a chamada Pedra Negra, em Meca, na Arábia
Saudita, seja um meteorito.
Segundo informações obtidas pelo INFORMANTE, a Índia comprará até o
final deste ano cerca de 40 caças Sukhoi Su-30MKI, atualizados para a
versão “Super Sukhoi”.
O acordo pode ser anunciado durante a visita do presidente russo, Vladimir Putin, à Índia, em novembro.
O custo de aquisição das 40 aeronaves é de cerca de US$ 3.7 bilhões e as entregas podem ser concluídas até 2015.
Atualmente a Índia tem cerca de 5 esquadrões de caças Su-30MKI, cada um
com 20 caças. Os indianos planejam atualizar todos esses caças para o
padrão “Super Sukhoi”.
A variante “Super Sukhoi” inclui um cockpit novo, um novo radar
(possivelmente AESA), utiliza tecnologia furtiva em seu design. Desse
modo, essa variante poderá ser considerada de 4,5ª geração. Espera-se
que essa versão receba uma maior vasta gama de armas, caso da bomba
Brimstone e do míssil ar-ar Meteor, bem como as novas variantes do
míssil de cruzeiro supersônico BrahMos.
A nomenclatura correta desse novo Su-30 ainda é desconhecida da mídia.
O “jornalismo” brasileiro [só
rindo!] faz mais uma vez o papel ridículo de DEMONSTRAR que existe
exclusivamente para desnoticiar os fatos e só “noticiar” opiniões ,
p.ex., da rede Globo [risos, risos].
Tradução completa do vídeo abaixo:
Ministro Patiño, das Relações Exteriores do Equador, companheiros delegados, senhores e senhoras.
Falo hoje como
homem livre, porque, apesar de preso há 659 dias sem qualquer acusação,
sou livre no mais básico e importante sentido da palavra. Sou livre para
dizer o que penso.
Essa liberdade
existe, porque a nação do Equador concedeu-me asilo político, e outras
nações reuniram-se em apoio àquela decisão.
E porque, graças ao
artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas, WikiLeaks pode “receber e divulgar informação
mediante qualquer meio, e sem considerar fronteiras”.
E porque, graças ao
artigo 14.1 da Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organização
das Nações Unidas, que consagra o direito dos perseguidos a buscar
asilo, pela Convenção de 1951 dos Refugiados e outras convenções
produzidas pela ONU, posso ser protegido – como tantos outros – contra a
perseguição política.
E é graças à ONU
que posso exercer nesse caso meu inalienável direito de buscar proteção
contra ações arbitrárias e excessivas que alguns governos empreenderam
contra mim e contra funcionários e apoiadores da minha organização. E é
graças à proibição absoluta de qualquer prática de tortura, consagrada
na lei comum e na lei internacional e na Convenção da ONU Contra a
Tortura que continuamos a denunciar torturas e crimes, como organização
que somos, não importa quem sejam os criminosos torturadores.
Agradeço a cortesia
do Governo do Equador, que me garante esse espaço, aqui, hoje, para
outra vez falar à ONU, em circunstâncias muito diferentes de minha
intervenção na Conferência Revisora Periódica Universal, em Genebra.
Há quase dois anos,
falei naquela conferência sobre o trabalho que fizemos, de expor a
tortura e a matança de mais de 100 mil cidadãos iraquianos.
Mas, hoje, quero contar-lhes uma história USA-americana. Quero contar a história de um jovem soldado norte-americano no Iraque.
Esse soldado
nasceu em Crecent, Oaklahoma, de mãe galesa e pai que servia a Marinha
dos EUA. Os pais conheceram-se e apaixonaram-se quando o pai estava
alocado numa base militar dos EUA no país de Gales.
Menino, o soldado
mostrou talentos excepcionais, e em três anos consecutivos ganhou o
primeiro prêmio na Feira de Ciências de sua escola. Acreditava na
verdade e, como todos nós, odiava a hipocrisia.
Acreditava na
liberdade e no direito de todos de buscar a felicidade. Acreditava nos
valores sobre os quais se construíram os EUA independentes. Acreditava
em Madison, em Jefferson e em Paine. Como muitos adolescentes, não sabia
bem o que fazer da vida, mas sabia que queria defender seu país e
queria aprender sobre o mundo. Alistou-se no exército dos EUA e, como
seu pai, recebeu treinamento de analista de inteligência. No final de
2009, aos 21 anos, foi enviado ao Iraque.
Ali, pelo que
dizem, viu um exército dos EUA que nem sempre respeitava a lei e que, de
fato, praticava assassinatos e apoiava a corrupção política.
Pelo que dizem, lá,
em Bagdá, em 2010, ele teria entregado a WikiLeaks, a mim, e a todos os
cidadãos do mundo, detalhes que expuseram tortura de iraquianos,
assassinato de jornalistas e registros detalhados da matança de mais de
120 mil civis no Iraque e no Afeganistão. Também dizem que teria
entregado a WikiLeaks 251 mil telegramas diplomáticos dos EUA, que,
adiante, ajudariam a deflagrar a Primavera Árabe. O nome desse jovem
soldado dos EUA é Bradley Manning.
Supostamente traído
por um informante, ele foi então preso em Bagdá, preso no Kuwait e
preso no estado da Virginia, onde permaneceu durante nove meses em cela
solitária e foi submetido a violência grave. O Relator Especial da ONU
para Torturas, Juan Mendez, investigou e formalmente acusou de
responsabilidade os EUA.
A porta-voz de
Hillary Clinton demitiu-se. Bradley Manning, destaque da feira de
ciência de sua escola, soldado e patriota, foi degradado, agredido,
psicologicamente torturado pelo próprio governo de seu país. Foi acusado
de crime para o qual a lei prevê a pena de morte. Passou por tudo isso,
tudo que o governo dos EUA fez contra Bradley Manning visou, sempre, a
conseguir obrigá-lo a testemunhar em processo contra WikiLeaks e contra
mim.
Bradley Manning
permaneceu preso, sem julgamento, por 856 dias. O prazo máximo para
prisão sem julgamento, pela lei militar dos EUA, é de 120 dias.
O governo dos EUA
tenta construir um regime nacional de clandestinidades e segredos,
opacidades, distorções e invisibilidades. Um regime no qual qualquer
funcionário do governo que passe informação sensível a organização de
imprensa pode ser condenado à morte, prisão perpétua ou por espionagem.
E, com o funcionário, também os jornalistas que recebam a informação.
Ninguém subestime a
escala da investigação que foi feita em WikiLeaks. Gostaria de poder
dizer que, no final, pelo menos, só Bradley Manning foi vítima da
violência dessa situação. Mas o ataque movido contra WikiLeaks em
relação a esse assunto e outros gerou uma investigação que diplomatas
australianos disseram ser sem precedentes, em escala e natureza. Foi o
que o governo dos EUA chamou de “investigação que envolveu todo o
governo”.
Agências já identificadas até agora, para registro na opinião pública, que operaram nessa investigação são, dentre outras: o Department of Defense, oCentcom, a Defence Intelligence Agency, a US Army Criminal Investigation Division, as United States Forces in Iraq, a First Army Division, a US Army Computer Crimes Investigative Unit, a CCIU, o Second Army Cyber-Command. E, nessas três investigações separadas de inteligência, o Department of Justice, significativamente, um seu US Grand Jury in Alexandria Virginia, o Federal Bureau of Investigation,
o qual, segundo depoimento ao juiz, no início desse ano, produziu
arquivo de 42.135 páginas sobre WikiLeaks, das quais menos de 8.000 têm
algo a ver com Bradley Manning. O Department of State, o Department of State’s Diplomatic Security Services. E mais recentemente fomos também investigados pelo Office of the Director General of National Intelligence, the ODNI, pelo gabinete do Director of National Counterintelligence Executive, pelaCentral Intelligence Agency, pelo House Oversight Committee, pelo National Security Staff Interagency Committee e pelo PIAB – o President’s Intelligence Advisory Board, Corpo de Aconselhamento de Inteligência do Presidente.
O porta-voz do Department of Justice, Dean Boyd, confirmou em julho de 2012 que a investigação sobre WikiLeaks prossegue, no Department of Justice.
Apesar de todas as
belas palavras de Barack Obama ontem, e foram muitas, belas palavras, é o
governo dele o responsável por essa campanha que quer criminalizar a
prática da livre expressão. O governo dele já agiu mais, na direção de
criminalizar a liberdade de expressão, que todos os presidentes dos EUA
antes dele, somados. Lembro da “audácia da esperança” [título de um dos
livros biográficos de Obama]... Quem pode negar que o presidente dos EUA
seja mesmo muito audacioso?!
Não é atitude de audácia, o atual governo dos EUA reivindicar os méritos pelos dois últimos anos de tanto progresso?
Não é muita audácia dizer, na 3ª-feira, que “os EUA apoiaram as forças da mudança” na Primavera Árabe?
A história da
Tunísia não começou em dezembro de 2010. Nem Mohammed Bouazizi pôs fogo
no próprio corpo exclusivamente para que Barack Obama seja reeleito.
A morte dele é bandeira do desespero que teve de suportar sob o governo de Ben Ali.
O mundo soube,
depois de ler o que WikiLeaks publicou, que o regime de Ben Ali e seu
governo foi beneficiado pela indiferença, quando não pelo apoio, dos EUA
– que sabia perfeitamente de seus excessos e crimes.
Por tudo isso, muito deve ter surpreendido os tunisianos a notícia de que os EUA apoiaram as forças da mudança no país deles.
Também deve ter
sido enorme surpresa para os jovens egípcios, que lavaram os olhos para
livrar-se do gás lacrimogêneo norte-americano, que o governo dos EUA
apoiaram a mudança no Egito.
Também com enorme
surpresa, muitos ouviram Hillary Clinton insistir que o regime de
Mubarak era “estável”. Sobretudo depois que todos já sabiam que não era,
e que seu odiado chefe de inteligência, Omar Suleiman – que nós
provamos que os EUA sabiam perfeitamente que era torturador – apareceu
para assumir o lugar de Mubarak.
Grande surpresa
deve ter sido para todos os egípcios, ouvir o vice-presidente Joseph
Biden declarar que Hosni Mubarak era bom democrata, e que Julian Assange
era terrorista high tech.
É faltar ao
respeito com os mortos e os encarcerados do levante do Bahrain dizer que
os EUA “apoiaram as forças da mudança.” Isso, sim, é audácia.
Quem pode dizer que
não é audacioso o presidente – interessado em posar como líder do mundo
– que olha para aquele mar de mudança – mudança que o povo fez – e
declara que a mudança é dele?
De bom, sim, a considerar, é que tudo isso significa que a Casa Branca já viu que esses avanços são inevitáveis.
Nessa “estação de
progresso”, o presidente viu, sim, de que lado o vento está soprando.
Melhor faria se não se pusesse a fingir que pensa que foi o governo dele
que mandou o vento soprar.
Muito bem. É
melhor, pelo menos, que a alternativa – ser deixado para trás, caído na
irrelevância, enquanto o mundo segue em frente.
Temos aqui de ser
bem claros. Os EUA não são o inimigo. O governo dos EUA não é igual nem
uniforme. Muita gente, do bom povo dos EUA apoiou, sim, as forças da
mudança. Talvez até Barack Obama, pessoalmente, estivesse nesse grupo.
Mas tomado como governo, todo ele, em grupo, e desde o início, o governo
dos EUA ativamente opôs-se à mudança.
Trata-se aqui de
fazer um registro acertado, para a história do mundo. E não é justo, nem
adequado, que o presidente distorça o registro histórico, buscando
ganhar eleições, ou só pelo prazer de dizer belas palavras. É importante
afirmar o mérito de quem tem mérito. E não se deve atribuir-se méritos a
quem não tem nenhum.
Vale o mesmo para
as belas palavras. São belas. E não há quem não concorde e recomende
aquelas belas palavras. Todos concordamos quando, ontem, o presidente
Obama disse que os povos podem resolver em paz as suas diferenças. Todos
concordamos que a diplomacia deve substituir a guerra.
Também concordamos
que o mundo é interdependente, que todos temos interesses e
responsabilidades nesse mundo. Também concordamos que a liberdade e a
autodeterminação não são valores só norte-americanos ou ocidentais, que
são valores universais.
E também
concordamos com o presidente, quando diz que temos de falar com
honestidade, se levamos a sério aqueles ideais. Mas belas palavras se
perdem, sem ações correspondentemente belas.
O presidente Obama
falou com firmeza a favor da liberdade de expressão. “Os que estão no
poder” – disse ele – “temos de resistir à tentação de atacar a opinião
dissidente”.
Há o tempo das palavras e há o tempo das ações. E o tempo das palavras já acabou.
É tempo hoje de os
EUA porem fim à perseguição contra WikiLeaks. De pararem de perseguir
nosso pessoal. De pararem de perseguir gente que eles supõem que sejam
nossas fontes.
É tempo hoje de o
presidente Obama fazer a coisa certa e unir-se às forças da mudança.
Não em belas palavras. Mas em ações belas.
Cabe aos tribunais julgar os atos
humanos admitidos previamente como criminosos. Cabe aos cidadãos, nos regimes
republicanos e democráticos, julgar os homens públicos, mediante o voto. Não é
fácil separar os dois juízos, quando sabemos que os julgadores são seres humanos
e também cidadãos, e, assim, podem ser contaminados pelas paixões ideológicas ou
partidárias – isso, sem falar na inevitável posição de classe. Dessa forma, por
mais empenhados sejam em buscar a verdade, os juízes estão sujeitos ao erro. O
magistrado perfeito, se existisse, teria que encabrestar a própria consciência,
impondo-lhe sujeitar-se à ditadura das provas.
Mesmo assim, como a literatura
jurídica registra, as provas circunstanciais costumam ser tão frágeis quanto as
testemunhais, e erros judiciários terríveis se cometem, muitos deles levando
inocentes à fogueira, à forca, à cadeira elétrica.
Estamos assistindo a uma confusão
perigosa no caso da Ação 470, que deveria ser vista como qualquer outra. Há o
deliberado interesse de transformar o julgamento de alguns réus, cada um deles
responsável pelo seu próprio delito – se delito houve – no julgamento de um
partido, de um governo e de um homem público. Não é a primeira vez que isso
ocorre em nosso país. O caso mais
clamoroso foi o de Vargas em 1954 – e a analogia procede, apesar da reação de
muitos, que não viveram aqueles dias dramáticos, como este colunista viveu.
Ainda que as versões sobre o atentado contra Lacerda capenguem no charco da
dúvida, a orquestração dos meios de comunicação conservadores, alimentada por
recursos forâneos – como documentos posteriores demonstraram – se concentrou em
culpar o presidente Vargas.
Quando recordamos os fatos – que
se repetiram em 1964, contra Jango – e vamos um pouco além das aparências,
comprova-se que não era a cabeça de Vargas que os conspiradores estrangeiros e
seus sequazes nacionais queriam. Eles queriam, como antes e depois, cortar as
pernas do Brasil. Em 1954, era-lhes crucial impedir a concretização do projeto
nacional do político missioneiro – que um de seus contemporâneos, conforme
registra o mais recente biógrafo de Vargas, Lira Neto, considerava o mais
mineiro dos gaúchos. Vargas, que sempre pensou com argúcia, e teve a razão
nacional como o próprio sentido de viver, só encontrou uma forma de vencer os
adversários, a de denunciar, com o suicídio, o complô contra o Brasil.
Os golpistas, que se instalaram no
Catete com a figura minúscula de Café Filho, continuaram insistindo, mas foram
outra vez derrotados em 11 de novembro de 1955. Hábil articulação entre Jango,
Oswaldo Aranha e Tancredo, ainda nas ruas de São Borja, depois do sepultamento
de Vargas, levara ao lançamento imediato da candidatura de Juscelino,
preenchendo assim o vácuo de expectativa de poder que os conspiradores
pró-ianques pretendiam ocupar. Juscelino não era Vargas, e mesmo que tivesse a
mesma alma, não era assistido pelas mesmas circunstâncias e teve, como todos
sabemos, que negociar. E deu outro passo efetivo na construção nacional do
Brasil.
Os anos sessenta foram desastrosos
para toda a América Latina. Em nosso caso, além do cerco norte-americano ao
continente, agravado pelo espantalho da Revolução Cubana (que não seria ameaça
alguma, se os ianques não houvessem sido tão açodados), tivemos um presidente
paranóico, com ímpetos bonapartistas, mas sem a espada nem a inteligência de
Napoleão, Jânio Quadros. Hoje está claro que seu gesto de 25 de agosto de 1961,
por mais pensado tenha sido, não passou de delírio psicótico. A paranóia (razão
lateral, segundo a etimologia), de acordo com os grandes psiquiatras, é a
lucidez apodrecida.
Admitamos que Jango não teve o
pulso que a ocasião reclamava. Ele poderia ter governado com o estado de sítio,
como fizera Bernardes. Jango, no entanto, não contava – como contava o
presidente de então – com a aquiescência de maioria parlamentar, nem com a feroz
vigilância de seu conterrâneo, o Procurador Criminal da República, que se
tornaria, depois, o exemplo do grande advogado e defensor dos direitos do fraco,
o jurista Heráclito Sobral Pinto. Jango era um homem bom, acossado à direita
pelos golpistas de sempre, e à esquerda pelo radicalismo infantil de alguns,
estimulado pelos agentes provocadores. Tal como Vargas, ele temia que uma guerra
civil levasse à intervenção militar estrangeira e ao esquartejamento do país.
Joaquim Barbosa dorme e sonha...
Vozes sensatas do Brasil começam a
levantar-se contra a nova orquestração da direita, e na advertência necessária
aos ministros do STF. Com todo o respeito à independência e ao saber dos membros
do mais alto tribunal da República, é preciso que o braço da justiça não vá alem
do perímetro de suas atribuições.
É um risco terrível admitir a
velha doutrina (que pode ser encontrada já em Dante em seu ensaio sobre a
monarquia) do domínio do fato. É claro que, ao admitir-se que José Dirceu tinha
o domínio do fato, como chefe da Casa Civil, o próximo passo é encontrar quem,
sobre ele, exercia domínio maior. Mas, nesse caso, e com o apelo surrado ao data
venia, teremos que chamar o povo ao banco dos réus: ao eleger Lula por duas
vezes, os brasileiros assumiram o domínio do fato.
Os meios de comunicação sofrem
dois desvios à sua missão histórica de informar e formar opinião. Uma delas é a
de seus acionistas, sobretudo depois que os jornais se tornaram empresas
modernas e competitivas, e outra a dos próprios jornalistas. A profissão tem o
seu charme, e muitos de nossos colegas se deixam seduzir pelo convívio com os
poderosos e, naturalmente, pelos seus interesses.
O poder executivo, o parlamento e
o poder judiciário estão sujeitos aos erros, à vaidade de seus titulares, aos
preconceitos de classe e, em alguns casos, raros, mas inevitáveis, ao
insistente, embora dissimulado, racismo residual da sociedade brasileira.
Lula, ao impor-se à vida política
nacional, despertou a reação de classe dos abastados e o preconceito intelectual
de alguns acadêmicos sôfregos em busca do poder. Ele cometeu erros, mas muito
menos graves e danosos ao país do que os de seu antecessor. Os saldos de seu
governo estão à vista de todos, com a diminuição da desigualdade secular, a
presença brasileira no mundo e o retorno do sentimento de auto-estima do
brasileiro, registrado nos governos de Vargas e de Juscelino.
É isso que ficará na História. O
resto não passará de uma nota de pé de página, se merecer tanto.
Imagens da Nasa indicam um canal de água corrente com cerca de 1 metro de profundidade
O robô Curiosity, da agência espacial dos Estados Unidos
(Nasa), tirou fotos de uma formação rochosa em Marte que sugere a
existência prévia de um canal de água corrente, com cerca de 1 metro de
profundidade.
Nasa/Reuters
Essa é a evidência mais convincente de que já existiu água corrente no planeta vermelho
Um dos motivos para a conclusão dos cientistas é a forma arredondada
das pedras no local, que teria sido provocada por água. Além disso, elas
são grandes demais para terem sido movidas pelo vento. Segundos os
cientistas, é a evidência mais convincente de que já existiu água
corrente no planeta vermelho.
"Houve uma corrente vigorosa na superfície de Marte", afirmou o
cientista-chefe John Grotzinger. A descoberta não é uma completa
surpresa, já que o local onde o Curiosity pousou foi escolhido porque já
se suspeitava disso. / AP
O jipe-robô Curiosity, que há quase dois meses explora a superfície
marciana, encontrou evidências do que parece ter sido um riacho que um
dia correu vigorosamente pelo solo de Marte.
Já existiam evidências anteriores da existência de água no planeta
vermelho, mas as imagens registradas pela sonda são o que há de mais
representativo até agora.
Nas fotos, é possível ver as marcas da ação da água sobre as rochas marcianas.
Os cientistas estão estudando agora as imagens de pedras "concretadas"
em uma camada de rocha agrupada. O tamanho e a forma dessas pedras
oferecem pistas sobre a velocidade e o comprimento do fluxo desse riacho
há muito desaparecido.
Nasa/Associated Press
Imagem da superfície marciana feita pelo Curiosity mostra afloramento com indícios de antigo riacho
Segundo os cientistas, a água bateria em algum lugar entre o tornozelo e o quadril de um adulto.
"Muitos artigos foram escritos sobre os canais de água em Marte, com
muitas hipóteses diferentes sobre seus fluxos. Esta é a primeira vez que
nós estamos realmente vendo cascalho transportado por água no planeta. É
uma transição entre a especulação do tamanho do material dos riachos
para a observação direta deles", avalia William Dietrich, coinvestigador
científico do Curiosity e pesquisador da Universidade da Califórnia em
Berkeley.
O local da descoberta é próximo da área em que o Curiosity pousou, entre
o norte da cratera Gale e a base do monte Sharp, uma montanha dentro da
cratera. Imagens anteriores do local permitiram interpretações
adicionais do conglomerado.
A forma arredondada de algumas pedras do conglomerado indica que elas
foram transportadas por longas distâncias. A abundância de canais entre a
margem e o aglomerado de pedras sugere que o fluxo continuou ou se
repetiu durante muito tempo, e não apenas uma vez ou por só alguns anos.
A descoberta foi feita a partir do estudo de dois afloramentos,
batizados de "Hottah" e "Link". As imagens foram feitas durante os 40
primeiros dias após o pouso do Curiosity. Essas observações seguiram
pistas anteriores de um outro afloramento, que foi descoberto quando o
robô estava pousando.
O cascalho encontrado nos conglomerados varia em tamanho e forma. Alguns
não são maiores do que um grão de areia, enquanto outros chegam ao
tamanho de uma bola de golfe. Alguns são angulosos, mas muitos são
arredondados.
"Os formatos mostram que eles foram transportados e e o tamanho indica
que isso não pode acontecer pelo vento. Foram transportados pelo fluxo
da água", diz Rebecca Williams, uma das pesquisadoras do Curiosity.
A equipe científica pode usar o Curiosity para aprender mais sobre a
composição química desse material e o que mantém esse aglomerado junto,
revelando mais características desse ambiente molhado que formou os
depósitos.
E isso, dizem os cientistas, é só o começo. A missão do Curiosity está
prevista pra durar dois anos. Os pesquisadores irão usar os dez
instrumentos científicos da sonda para investigar se a cratera Gale e
seus arredores um dia já ofereceram condições ambientais favoráveis à
vida de micróbios.
A usina hidrelétrica de Itaipú é considerada uma instalação "sensível" para o governo brasileiro e um potencial alvo para uma nação estrangeira
Preocupado com a defesa de instalações sensíveis a ataques externos ou
mesmo internos, o Exército iniciou a execução do Projeto Proteger, que
estabelece o Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas
Terresres (EETer). Os investimentos do Governo federal para o setor
serão da ordem de R$ 9,9 bilhões, para aplicação em aproximadamente 12
anos. A meta é capacitar os militares para a execuçao de medidas de
prevenção e/ou atuação em caso de necessidade.
“São mecanismos de defesa de instalações, serviços, bens e sistemas cuja
interrupção ou destruição, total ou parcial, provocaria sério impacto
social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do
Estado e da sociedade”, explica o general de brigada José Fernandes
Iasbech, do Escritório de Projetos do Exército (EPEx).
Também gerente do Proteger junto ao Quartel General do Exército, em
Brasília, Iasbech exemplifica como estruturas de proteção especial, de
interesse da defesa nacional, serviços como energia, comunicações,
águas, transportes, finanças, setores cibernético, nuclear, espacial e
ativos da informação.
Desafio
De acordo com o general, o desafio é equipar e capacitar a força
terrestre para ações de prevenção e antecipação em defesa de
estruturas que são relevantes para a defesa nacional. Uma sabotagem ou
mesmo um outro tipo de ataque a instalações dessa natureza implicaria
em sérios prejuízos para o País.
“O Proteger é um enorme avanço, desde a prevenção, que hoje não existe
– e passará a existir, passando pela antecipação”, ressalta o oficial
do EPEx, afirmando que a partir dessa preparação “o Exército estará
capacitado para uma pronta resposta”
Os recursos financeiros previstos serão empregados na aquisição de
sistema de comunicações, equipamento para tropas (viaturas, armamento
não letal, proteção), bem como na adequação das instalações. O montante
também prevê a compra de equipamentos, como embarcações, viaturas e
armamentos, e o treinamento de 85 mil integrantes das forças militares.
Segundo avaliação do Exército, todas essas estruturas estratégicas
respondem por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro , daí
também a necessidade de uma proteção integrada.
Pontos Sensíveis
São 13.300 alvos estratégicos do “Proteger”. O mapeamento do
Exército identifica os 689 pontos – usinas hidrelétricas, nucleares,
termelétricas, refinarias, linhas de transmissão, gasodutos e portos
– mais vulneráveis a ataques. Hoje, apenas 371 dos chamados pontos
sensíveis são monitorados permanentemente pelo Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), subordinado à Presidência da República.
Aperfeiçoamento
De acordo com o general Iasbech, o projeto não é mais que um
aperfeiçoamento dos trabalhos de segurança integrada que o Exército
sempre desenvolveu. “Não há um só palmo do território brasileiro que
não esteja planejado, que não tenha a sua defesa planejada pelo
Exército”
Ainda conforme o gerente militar, “hoje nós compreendemos que o avanço
econômico do País demanda um aperfeiçoamento desse sistema e esse é o
Sistema Proteger que estamos desenvolvendo”.
Brasil é o único dos Brics sem sistema de proteção
Ao defender o Proteger, o general de brigada José Fernandes Iasbech
lembra que o Brasil é o único país integrante do Bric (grupo formado
por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que não tem esse
sistema integrado de proteção às estruturas estratégicas.
“O Brasil cresce vertiginosamente. O patrimônio cresce
vertiginosamente. Precisamos adequar nossas tropas e o nosso
treinamento para que se for determinado pelo Governo federal possamos
agir com presteza e eficácia”, ressalta o oficial.
Exemplos
Para definir o Sistema Proteger o comando do Exército levou em
consideração casos passados tidos como exemplares, como a invasão da
CSN, a greve da refinaria de Paulínea e um curto na rede de Tucuruí,
que não teve influência de grevistas, mas afetou boa parte do País.
Uma invasão a qualquer um desses pontos sensíveis traria sérias
consequências, dada a natureza e importância desses serviços para todo
o Brasil.
Recop prevê recuperação da capacidade operacional
Dentro das prioridades estratégicas trabalhadas no Livro Branco de
Defesa Nacional (LBDN), o Quartel General do Exército também criou um
programa para a recuperação e modernização de equipamentos e
tecnologias, o que deve ser efetivado ao longo de 10 anos, a um custo
aproximado de R$ 11 bilhões. Trata-se do Projeto Estratégico de
Recuperação da Capacidade Operacional (Recop)
O projeto prevê o reaparelhamento e adequação do Exército Brasileiro
para dotar as unidades de produtos de defesa imprescindíveis ao
emprego operacional.
O Recop inclui a modernização e revitalização dos meios de aviação do
Exército, de carros de combate M60 Leopard e das viaturas blindadas
M113. Junto a isso estão previstas aquisições de embarcações fluviais,
viaturas, equipamentos e material de artilharia de campanha e
armamento individual.
Nesse contexto, o fuzil ainda hoje em utilização pelo Exér-cito, o FAL
(Fuzil Automático Leve), é o fabricado pela Imbel e tem mais de 30
anos de uso, totalmente obsoleto para o emprego militar. Ele deve ser
substituído pelo IA2, desen-volvido e produzido no Bra-sil também pela
Imbel e que atende aos Requisitos Opera-cionais Conjuntos (ROC) das
Forças Armadas aprovados pelo Estado-Maior Conjunto da Marinha,
Exército e Aeronaútica.
Do Terra
Um total de 235,375 bilhões de euros saíram da Espanha nos sete
primeiros meses do ano como consequência da fuga de investimentos.
No mesmo período de 2011, o saldo era positivo e acumulava uma
entrada líquida de capital de 17,689 bilhões, de acordo com os dados da
balança de pagamentos publicados nesta sexta-feira pelo Banco da
Espanha.
A fuga de capitais do país até o mês de julho representa o número mais alto de toda a série histórica.
No entanto, em julho só saíram 15,030 bilhões de euros, muito abaixo
do valor registrado no mês anterior, que foi de mais de 56 bilhões de
euros.
O saldo na balança já está negativo há 13 meses, embora a maior parte
dela corresponda à operações interbancárias (entre instituições
financeiras), enquanto a quantidade de depósitos de empresas e famílias
que saíram da Espanha não é tão grande em comparação (9,784 bilhões de
euros entre janeiro e julho).
No total, os investimentos no mercado financeiro -empréstimos,
depósitos e outros instrumentos- acumularam saídas líquidas no valor de
164,882 bilhões de euros, frente às entradas líquidas de 27,624 bilhões
de euros no mesmo período de 2011.
Em relação aos investimentos em ações, fundos de investimento, bônus,
obrigações e instrumentos do mercado monetário, foi registrada uma
saída líquida de 83,353 bilhões de euros, enquanto há um ano esse número
foi de 151,1 milhões de euros.
Neste caso foi maior a fuga de capital estrangeiro (95,728 bilhões de
euros), enquanto foram repatriados 12,375 bilhões de euros.
Os investimentos diretos originaram nos sete primeiros meses do ano
entradas líquidas de 1,311 bilhões, frente aos 763,4 milhões de 2011.
EFE
Todos os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) montada na Câmara Municipal de São Paulo para investigar os
incêndios em favelas são financiados por empresas ligadas à construção
civil e ao setor imobiliário. Juntos, os seis membros da comissão
receberam na eleição de 2008, mais de R$ 782 mil, segundo as prestações
de contas apresentadas à Justiça Eleitoral.
Fábio Nassif
São Paulo - Todos os membros da
Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) montada na Câmara Municipal de
São Paulo para investigar os incêndios em favelas são financiados por
empresas ligadas à construção civil e ao setor imobiliário. Juntos, os
seis membros da comissão receberam na eleição de 2008, mais de R$ 782
mil, segundo as prestações de contas apresentadas. E na atual briga para
a reeleição, suas prestações de contas parciais já contabilizam mais de
R$ 338 mil em doações. Os valores totais podem ser muito maiores já que
algumas doações estão registradas em nome pessoal ou dos comitês
financeiros dos partidos.
A comissão instalada em abril deste ano
realizou apenas três sessões e cancelou outras cinco. Na última
quarta-feira (27), movimentos sociais e familiares compareceram à Câmara
para acompanhar a reunião que estava agendada. Diante dos
manifestantes, o presidente da CPI Ricardo Teixeira (PV) justificou o
cancelamento, por falta de quórum e compromisso dos demais vereadores.
Entre os colegas de Comissão, Teixeira é o campeão de arrecadação de
doações por ter recebido mais de R$ 452 mil no pleito de 2008. E ao
mesmo tempo que preside a comissão, já acumula mais de R$ 150 mil de
contribuição do setor imobiliário para conseguir sua reeleição.
Comissão suspeita Ushitaro
Kamia (PSD), Toninho Paiva (PR), Anibal de Freitas (PSDB), Edir Sales
(PSD) além de receberem investimentos de construtoras, empreiteiras e
empresas relacionadas, haviam registrado em 2008, junto com Ricardo
Teixeira (PV), doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). A
entidade foi investigada por doações irregulares de R$ 6,7 milhões a 50
candidatos e oito comitês de campanha. Por este motivo, em outubro de
2009, o promotor eleitoral Mauricio Antônio Ribeiro Lopes, do Ministério
Público, pediu a revisão das contas para a Justiça Eleitoral. Trinta
dos 55 vereadores paulistanos poderiam ter seu mandato cassado,
incluindo os membros da CPI dos Incêndios em Favelas Ricardo Teixeira e
Ushitaro Kamia. A ameaça de cassação também caiu sobre o prefeito
Gilberto Kassab (PSD) e sua vice Alda Marco Antonio, em 2010, por
captação ilícita de recursos, mas todos eles conseguiram reverter a
decisão judicial.
As empreiteiras lideram o ranking de doações
para as campanhas eleitorais em todo o país em 2012. As seis maiores da
lista (Andrade Gutierrez, OAS, Queiroz Galvão, Carioca Christiani
Nielsen, UTC e WTorre) gastaram mais de R$ 69 milhões, entre doações
ocultas e não ocultas.
Em texto recente, Guilherme Boulos,
militante do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), afirma que “as
construtoras Camargo Correa, EIT, OAS e Engeform (que constam entre as
maiores do Brasil) doaram juntas para a campanha de Kassab em 2008 cerca
de R$ 6 milhões e em troca somaram em contratos junto à prefeitura nos 4
anos seguintes, nada menos que R$ 639 milhões”. O militante ainda
destaca que “a prefeitura destinou em 2011 o valor absurdo de R$ 1mil
reais para a compra de áreas para a construção de habitação popular”.
Incêndios criminosos
A
CPI surgiu para investigar o aumento de incêndios em favelas e moradias
precárias na cidade e as suspeitas de serem criminosos, inclusive por
acontecerem em regiões de valorização imobiliária.
Somente este
ano, segundo o Corpo de Bombeiros, foram mais 68 incêndios em favelas.
Desde 2005, foram mais de 1000 ocorrências de incêndios. Em 2011, foram
registrados 181 incêndios na cidade de São Paulo. Em 2010 foram 107; em
2009, 122; em 2008, 130; em 2007, 120; em 2006, 156; e em 2005; 155.
Pelos registros da ocorrências que consideram incêndios em barracos e em
outras cidades do estado, os números são muito maiores. Planilhas
enviadas pelos Bombeiros para a Carta Maior em janeiro mostram por
exemplo que, em 2009 foram 427 ocorrências (295 em barracos e 132 em
favelas). Em 2010, foram 457 ocorrências (330 em barracos e 198 em
favelas). Esses números, no entanto, não coincidem com o de outros
órgãos.
Os dados do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil já foram
apresentados aos membros da CPI, assim como se tentou ouvir
representantes das subprefeituras. A próxima reunião ficou marcada para o
dia 17 de outubro, quando, os moradores que buscam explicações, mesmo
se saírem sem saber a causa dos incêndios e sem soluções para a falta de
moradia, saberão o valor total das doações do setor imobiliário para
cada um dos vereadores da comissão.
As tensões entre Irã e Israel estão se agravando e podem resultar em
uma nova guerra no Oriente Médio, já que os esforços diplomáticos de
anos para encerrar a disputa sobre o programa nuclear iraniano não deram
resultados
BRUXELAS – Autoridades europeias estão considerando novas sanções ao
Irã, que entrariam em vigor em outubro e afetariam muito as relações
comerciais e o setor bancário do país, disseram diplomatas.
As tensões entre Irã e Israel estão se agravando e podem resultar em
uma nova guerra no Oriente Médio, já que os esforços diplomáticos de
anos para encerrar a disputa sobre o programa nuclear iraniano não deram
resultados.
Em resposta, governos europeus e os Estados Unidos estão tomando uma
nova frente para convencer Teerã a moderar o enriquecimento de urânio,
que seria parte do programa para construir uma bomba nuclear. O país
persa nega qualquer objetivo militar e diz que pretender aumenta a
oferta de energia por meio da energia nuclear.
Os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino
Unido pediram recentemente aos homólogos na União Europeia que
acordassem novas sanções no encontro de 15 de outubro.
"Temos que mostrar ao Irã como ele esgotou nossas opções", escreveram
Laurent Fabius, Guido Westerwelle e William Hague em carta, cuja cópia a
Reuters teve acesso.
Os três ministros citaram energia, finanças, comércio e transporte como os setores a mirar.
Mais bancos comerciais correm o risco de entrar na lista da UE de
bens a congelar, disseram vários diplomatas, sem precisar o nome das
instituições. As sanções dos Estados Unidos se voltaram para mais de dez
bancos que a UE não incluiu até agora mais pode passar a punir.
As novas sanções também podem incluir determinadas companhias de
transporte marítimo, segundo diplomatas, mas ainda não está claro se vão
considerar a Companhia Nacional Iraniana de Petróleo, uma das maiores
petrolíferas do mundo e que os Estados Unidos relacionaram à Guarda
Revolucionária.
Reuters
Na França, morreu um dos rebeldes envolvidos na captura de Muammar Kadhafi no ano passado, informa a Al-Jazeera.
Omran Shaaban, que, há um ano, foi o primeiro encontrar o abrigo do
ex-líder líbio Muammar Kadhafi em Sirte, morreu em um dos hospitais de
Paris, onde foi tratado após tortura e lesões graves sofridas quando foi
tomado como refém pelos adeptos do líder deposto.
Este não é o primeiro caso da morte das pessoas envolvidas na captura
de Kadhafi. Sob circunstâncias misteriosas morreram alguns jovens
diretamente envolvidos na operação.
portuguese.ruvr.ru
Lançado em abril desse ano, o livro já está em sua terceira edição e praticamente esgotado nas principais livrarias de Nova York
Além de todos os artigos, reportagens, filmes, programas de TV e
outras fontes de informação que pesquisei para fazer esta cobertura, um
livro tem sido essencial e embasará muitos dos textos publicados aqui: “The rich and the rest of us” (Os ricos e o resto de nós),
do escritor Tavis Smiley e do professor universitário Cornel West,
lançado em abril deste ano. Os autores percorreram, em ônibus, 18
cidades dos Estados Unidos tentando entender aquilo cuja existência a
nação norte-americana ainda se recusa a aceitar e nomear: a pobreza.
Smiley e West entrevistaram pessoas que um dia já fizeram parte da
típica classe média norte-americana, com casa, carro, plano de saúde,
emprego estável, filhos em boas escolas, TV a cabo, etc. Mas são
cidadãos que, de repente, com a crise, perderam tudo, começando pelo
emprego – e não apenas um dos membros da família, mas todos ficaram
desempregados.
Com esse duro golpe, surgiram as dificuldades que parecem nunca parar
de se multiplicar e renovar: ficaram dependentes do seguro social do
governo, colecionam cupons de desconto de comida para conseguir se
alimentar, buscam suporte de organizações de apoio a desabrigados e
desempregados, dormem nos próprios carros (quando perderam a casa e
ainda conseguem conservar o veículo) , engrossam as estatísticas do
desemprego e tantas outras carências.
Uma verdadeira miríade de dificuldades que antes – e aqui está o
grande ponto do livro de Smiley e West – acontecia apenas com “os
outros”, com “aqueles pobres” sobre o qual falavam nos noticiários de
maneira distante. Só que agora, o “eles” transformou-se em “nós”, e a
classe média norte-americana virou a classe pobre, paralisada com a
falta de recursos materiais, com a fome e o desemprego, mas também com o
fato social profundo, carregado de preconceitos e estigma, de ser
chamado de pobre. O nome que não se fala
Num país com cerca de 300 milhões de habitantes, 150 milhões estão em
pobreza “persistente” ou perto da pobreza, segundo apuraram os autores
do livro. Cerca de 14 milhões de pessoas estão oficialmente
desempregadas – neste número não são contabilizadas os cidadãos que já
desistiram de buscar emprego. Estes são alguns dos piores índices em
mais de 50 anos. Enquanto isso, apenas 400 cidadãos extremamente ricos
possuem a riqueza de 150 milhões de pessoas no país.
Para além das 12 ideias concretas para combater a pobreza que os
autores apresentam no final do livro, Smiley e West estão certos de que o
desafio para os Estados Unidos neste século é, antes de tudo, de ordem
cultural: para enfrentar a pobreza de fato, é preciso admitir que ela
existe, chamá-la pelo nome e acabar de vez com o estigma de que ela é
fruto de desvio de caráter, de inabilidade social, profissional ou das
escolhas erradas feitas pelas pessoas.
A pobreza instalada hoje nos Estados Unidos, segundo os autores, é
resultado da desindustrialização, do envio de empregos para fora do
país, dos benefícios fiscais concedidos aos ricos, dos lucros
exorbitantes das empresas, além de outros inúmeros fatores. Assim, ela
já não é mais “primazia” de negros, latinos e mulheres – embora eles
ainda sejam os mais prejudicados. No fim das contas, a pobreza – com
suas roupagens contemporâneas – ainda é resultado da ganância, da
histórica exploração dos menos favorecidos pelos ricos, sempre em nome
da maximização do lucro e do acúmulo de riqueza. A pobreza na boca dos políticos
Cornel West e Tavis Smiley. Foto retirada do site do livro: www.therichandtherestofus.com
Trazendo o tema para o momento das eleições, os autores dizem que os
candidatos em campanha dirão frases perfeitas de apoio à classe média.
“É o terreno seguro”, dizem. “A maioria da classe média deslizante e dos
novos pobres são votantes brancos. Apoiar a classe média não tem risco
inerente; não demanda nenhum sacrifício especial”.
Apoiar os pobres, porém, é um terreno arriscado para os políticos –
para Obama e Romney, neste caso. E isso porque sair em defesa dos pobres
significa, por tabela, condenar e contrariar as ações dos ricos,
daquele 1% que controla 42% da riqueza do país feita à custa do
empobrecimento alheio, daquele 1% que, por acaso, é o que financia as
campanhas dos candidatos – e hoje em dia, tornar-se presidente dos
Estados Unidos é uma tarefa bilionária. A pobreza não é obra do acaso,
assim como a vista grossa que se faz sobre ela. Em tempo
Confiram no Instagram (@omundi) a galeria de fotos que fiz ontem
caminhando por duas regiões completamente díspares de Nova York: Upper
East Side, uma das partes mais ricas de Manhattan, e a Bushwick Avenue,
uma das avenidas mais descuidadas do Brooklin, bairro a sudoeste da
cidade. Diferenças que quase não aparecem nos noticiários do Brasil e
que, segundo apuraram Smiley e West, estão longe de serem conhecidas e
assimiladas até pelos norte-americanos.
Quer acompanhar as principais fotos dessa viagem? Siga o Opera Mundi no Instagram: @omundi
O ex-coronel Khaled Amel e outros ex-militares sírios que
desertaram para as filas do chamado Exército Livre Sírio anunciaram na
quarta-feira (26) que abandonaram esse agrupamento violento.
Em coletiva de imprensa na capital,
Damasco, Amel informou sobre sua decisão, assim como de um grupo de
militares que tinham se somado aos elementos armados da oposição.
Segundo uma fonte de crédito, o grupo pôs-se sob custódia das Forças Armadas nacionais, o Exército Árabe Sírio.
Em sua oitava intervenção diante da Assembleia Geral das
Nações Unidas, agora na sua 67ª sessão, o presidente do Irã, Mahmud
Ahmadinejad, disse que receberia com alegria qualquer esforço realizado
pela organização e seus membros para estabelecer a paz e alcançar a
estabilidade no mundo.
Na sessão, realizada na sede da
organização em Nova York, nos Estados Unidos, Ahmadinejad disse que a
ONU passa por um período de "declínio" e precisa de uma reforma
estrutural.
"Hoje em dia, todos os países estão descontentes com a ordem mundial
imperante e a administração equívoca do mundo está causando problemas
globais", assinalou o chefe do Executivo persa.
Mais adiante, afirmou que a atual situação do mundo é originada no
egoísmo e no ódio, e é resultado de uma administração errada. Em outra
parte de suas declarações, Ahmadinejad se referiu ao poder de veto na
ONU, qualificando-o como um obstáculo para a defesa do direito das
nações.
Armas nucleares para intimidar
Ahmadinejad também acusou o Ocidente de intimidar com meios nucleares o resto das nações do planeta.
"A corrida armamentista e a intimidação pelo uso de armas de destruição
em massa e armas nucleares pelas potências imperialistas se tornou uma
prática comum", disse Ahmadinejad.
"A ameaça contínua dos sionistas contra a nação iraniana é um exemplo claro dessa amarga realidade", agregou.
"No mundo contemporâneo, testemunhamos que o unilateralismo, adotando
políticas ambíguas, impõe guerras, promove a insegurança e a ocupação, o
monopólio econômico e a dominação de centros sensíveis no mundo",
continuou o chefe do Executivo iraniano.
Para Ahmadinejad, a realização de testes militares destrutivos usando
armas avançadas, ameaçando o mundo, e usando falsas premissas,
tornaram-se uma espécie de jargão para forçar as nações a desistirem de
sua soberania.
"Sob tais circunstâncias, não há confiança nenhuma nas relações
internacionais e não há dispositivos críveis e seguros para resolver os
atuais conflitos", afirmou.
"Os países que estocaram milhares de bombas e armas não podem se sentir seguros em tal situação", afirmou.
De São Paulo,
Humberto Alencar
da Redação do Vermelho
O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou que as mudanças a
nível internacional solicitadas pelo secretário geral das Nações
Unidas, Ban Ki-moon, devem começar pela própria organização mundial.
"E
devem conduzir para que a ONU cumpra com os acordos que ela mesma
adota, como no caso da demanda reiterada durante 20 anos consecutivos
para o levantamento do bloqueio dos Estados Unidos contra Cuba",
destacou.
Em entrevista à Prensa Latina em Nova York, o presidente boliviano disse
que a ONU não pode continuar sem aplicar as decisões que adota nem ser
cúmplice de "um Conselho de Insegurança nem de intervencionismos e
unilateralismos".
"Aqui há 99% de países que recusam o bloqueio norte-americano contra
Cuba e a ONU não aplica esse acordo devido às imposições dos Estados
Unidos", assegurou o chefe de Estado boliviano.
Durante o debate presidencial iniciado na última terça-feira (25) no
organismo mundial, Morales perguntou-se: "Diante dessa situação, para
que serve as Nações Unidas?"
"Todos os Estados membros têm os mesmos direitos e por isso têm que ser
cumpridos os acordos atingidos", insistiu, ao citar o exemplo da América
Latina e de resoluções adotadas mas não executadas.
Nesse sentido, mencionou os casos das Ilhas Malvinas, ocupadas pelo
Reino Unido e reivindicadas pela Argentina, o direito da Bolívia a
contar com uma saída ao mar e o bloqueio contra Cuba.
Bases militares na América Latina
Ele acrescentou o problema das bases militares estrangeiras em
território latino-americano como outro dos assuntos que o organismo
deveria considerar por constituir um exemplo de intervencionismo sob o
pretexto da luta contra o narcotráfico e o terrorismo.
Sustentou que o conceito de economia verde impulsionado pela máxima
direção da ONU é um disfarce do capitalismo voraz para garantir o
controle absoluto dos recursos naturais do planeta.
"Está claro: os países subdesenvolvidos têm que desmatar suas florestas,
enquanto os industrializados cuidam das suas e, além disso, é preciso
ainda pagar-lhes para que prosperem", explicou.
A barreira simbólica de três milhões de
desempregados foi superada em agosto na França, confirmou nesta quarta-feira o
ministro do Trabalho, Michel Sapin, horas antes da divulgação das estatísticas
oficiais."Sim, é ruim, é muito ruim, ao ritmo que já
havia sido registrado antes do verão. Acredito que o número, simbólico mas
forte, de três milhões de desempregados na França seja superado", declarou
o ministro ao canal France 2.Caso sejam considerados no número de
desempregados os trabalhadores que exerceramatividade reduzida, às vezes de apenas poucas horas por mês, o
resultado alcança 4,45 milhões de desempregados.De acordo com Sapin, os três milhões de
desempregados sem nenhuma atividade são o "resultado de uma política"
que o governo socialista encontrou ao chegar ao poder, em maio, e "uma das
razões pelas quais os franceses desejaram mudar de presidente".
Os Estados Unidos decidiram boicotar o discurso que vai pronunciar
hoje (quarta-feira) na Assembleia Geral da ONU o presidente iraniano
Mahmud Ahmadinejad, anunciou a missão americana nas Nações Unidas.
Segundo a missão, Ahmadinejad "aproveitou mais uma vez sua visita à ONU
para proferir teorias paranoicas e insultos repugnantes contra Israel. É
por isso que Estados Unidos decidiram não assistir ao discurso".
"É particularmente desafortunado que Ahmadinejad tenha esta
plataforma da Assembleia da ONU em pleno Yom Kippur" (uma das
celebrações mais importantes para os judeus), afirmou Erin Pelton,
porta-voz da missão. Ahmadinejad tem se mostrado desafiante desde sua
cehgada a Nova York, dando pouca importâncias às advertências das
potências ocidentais, que temem que seu programa atômico tenha fins
militares.
AFP
O protótipo do Guarani modernizado no pavilhão de sua produtora, a Iveco. - Foto: Divulgação/Iveco
Thiago Gomes
Com veículos totalmente obsoletos,
inservíveis para as operações de defesa nacional, o Governo federal
decidiu modernizar a sua frota de blindados . Do Planalto saiu a
autorização ao Ministério da Defesa para que o Exército aplique R$ 20
bilhões na execução do Projeto Estratétigico Guarani, responsável pelo
desenvolvimento e implantação da Nova Família de Blindados de Rodas
(NFBR).
O Guarani é o primeiro modelo de um grupo de blindados a ser produzido
no País. São carros de combate anfíbios sobre rodas que substituirão, de
forma gradativa, os atuais blindados Urutu e Cascavel empregados pelo
Exército e que foram fabricados pela Engesa. Os veículos a serem
substituídos tem mais de 30 anos de utilização.
O coronel Marco Aurélio de Almeida Rosa é o oficial designado pelo
Comando do Exército, em Brasília, para gerenciar o Guarani. Falando ao
Correio do Estado, ele assegurou que “a amplitude desse projeto é maior
do que se vê”, uma vez que à sua retaguarda estão itens que vão desde
avanços na capacitação do militar até o desenvolvimento de tecnologias,
com a modernização de sistema de comunicações, comando e controle,
armas, treinamento e outros. (Correio do Estado - MS)
SUS terá seis remédios para doença pulmonar crônica
Em até seis meses, a rede pública de saúde vai passar a oferecer seis
medicamentos para tratar os sintomas da chamada DPOC (doença pulmonar
obstrutiva crônica).
A DPOC, que atinge cerca de 8 milhões de brasileiros e é uma das
principais causas de morte no país, destrói estruturas do pulmão pelo
contato constante com fumaça (do cigarro e da queima de lenha, por
exemplo), explica Fernando Lundgren, presidente da comissão de DPOC da
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Os principais afetados pela doença são fumantes e ex-fumantes. Os doentes têm constante falta de ar.
Os seis medicamentos -os corticoides inaláveis budesonida e
beclometasona e os broncodilatadores fenoterol, sabutamol, formoterol e
salmeterol- já existem no SUS para tratar outras doenças. Agora, serão
oferecidos para pacientes com a DPOC.
Eles também terão acesso a uma terapia domiciliar com oxigênio e à vacinação contra o vírus da gripe, que pode agravar a doença.
A oferta dos medicamentos e da vacina é positiva, diz Lundgren. Mas ele
aponta que esses remédios não evitam as manifestações futuras da doença.
(JOHANNA NUBLAT)
O
projeto de lei de conversão segue agora para sanção presidencial, uma
vez que não sofreu alterações e não precisará retornar para nova análise
da Câmara dos Deputado | Foto: José Cruz
Da Agência Brasil
O Senado Federal aprovou na terça-feira (25), sem alterações, o
projeto de lei de conversão referente à Medida Provisória do Código
Florestal. O texto original enviado pelo Poder Executivo recebeu quase
700 emendas na comissão especial mista que analisou a matéria. Nela,
após muita polêmica, um acordo entre congressistas ruralistas e
ambientalistas resultou no texto aprovado pela Câmara dos Deputados e,
hoje, pelo Senado.
Entre as alterações inseridas no projeto pela comissão especial, as
principais são referentes às áreas de preservação permanentes (APPs) em
margens de rios e de nascentes. Os parlamentares da comissão modificaram
a chamada “escadinha” proposta pelo governo federal, que estabelecia
quanto das margens de rios desmatadas deveriam ser replantadas de acordo
com o tamanho da propriedade.
Por serem maioria, os parlamentares da bancada ruralista conseguiram
estabelecer no projeto que, nas propriedades de 4 a 15 módulos fiscais
deverão ser recompostos 15 metros de mata nas margens dos rios com até
10 metros de largura. Quem tiver propriedades maiores que isso,
independente do tamanho do curso d’água, deverá recompor de 20 metros a
100 metros, a ser definido pelas autoridades estaduais.
Já os parlamentares ambientalistas se deram por satisfeitos ao
conseguirem impor no texto que as nascentes e olhos d’água deverão ter
APPs ao seu redor de, no mínimo, 15 metros, a serem recompostos em caso
de desmatamento pelos donos das propriedades. Além disso, o projeto
também prevê a manutenção de 50 metros de APPs no entorno das veredas e
áreas encharcadas.
Para que a recomposição seja feita, será criado um Programa de
Regularização Ambiental (PRA) que regulamentará a permissão para que os
produtores possam converter as multas ambientais em investimentos no
reflorestamento de suas reservas legais e APPs.
A Medida Provisória do Código Florestal foi editada pela presidente
Dilma Rousseff para suprir as lacunas deixadas pelos vetos feitos por
ela à lei que reformou o código. Durante as negociações sobre a MP na
comissão especial, o governo chegou a divulgar nota na qual declarou não
ter participado do acordo que resultou no texto aprovado hoje e que,
portanto, não tinha qualquer compromisso com ele. A declaração gerou
tensão entre os parlamentares ruralistas, que ficaram com receio de que a
presidenta faça novos vetos ao projeto aprovado pelo Congresso.
Apesar disso, o senador Jorge Viana (PT-AC), que tem atuado como
porta-voz informal do governo nas questões ambientais, disse acreditar
que a presidenta não deverá tomar esta medida novamente. Na opinião
dele, a proposta aprovada é “a melhor para o meio ambiente” e esse deve
ser o argumento usado para tentar convencer a presidenta a não promover
novos vetos na matéria.
“O entendimento que foi construído aqui leva em conta a realidade das
bacias hidrográficas. O texto que sai daqui resolve o passivo ambiental
brasileiro”, declarou o senador que atuou como relator do projeto do
código anteriormente e foi um dos negociadores do atual projeto.
O projeto de lei de conversão segue agora para sanção presidencial,
uma vez que não sofreu alterações e não precisará retornar para nova
análise da Câmara dos Deputados.
Os foguetes iranianos podem atingir 35 bases militares
estadunidenses em caso de agressão, revelou nesta quarta (26) o general
Alí Ostad Hosseini, comandante do Corpo de Guardiães da Revolução
Islâmica (CGRI) na província de Semnan ao Norte.
O CGRI possui suas próprias forças
navais, de infantaria e artilharia e, junto aos Basij (voluntários),
formam as tropas de choque iranianas para missões de alto risco e
necessidades especiais.
Ostad Hossini assegurou que as forças armadas persas "receberam bom
treinamento em (missões de) defesa por ar, espaço e mar e foram
organizadas para defender o país", diz a agência de notícias iraniana
MEHR.
As formulações do general do CGRI coincidem com umas vastas manobras
militares estadunidenses nas proximidades do Estreito de Ormuz, no Golfo
Pérsico, nas quais participam países árabes da área e oficiais de até
30 países.
O Irã tem declarado que, em caso de agressão militar contra seu país,
está em condições de fechar "em matéria de horas" o estratégico
estreito, pelo qual circulam entre 35% e 40% do petróleo que os Estados
Unidos, as potências da Europa Ocidental e o Japão consomem.
Mais de cinco mil mercenários treinados e equipados com armas
sofisticadas entraram na Síria através da Turquia e outros países
vizinhos nas últimas semanas, denunciou nesta terça-feira (25) o
ministro de Informação Omran Al-Zoubi.
Em entrevista à TV libanesa Al
Manar, o ministro sublinhou que seu país é forte e suas instituições
funcionam de maneira coerente apesar dos ataques externos.
Igualmente, indicou que a oposição atual não é a autêntica, mas a dos
grupos terroristas que tratam de desenvolver o projeto ocidental e
sionista contra a Síria.
O jornal britânico The Guardian informou em sua edição do último domingo
(23) que somente na cidade de Alepo, no noroeste do país, participaram
dos ataques contra as autoridades "veteranos combatentes do Iraque,
Iêmen e Afeganistão" que se infiltraram com suas armas na Síria a partir
da Turquia.
Entre eles - acrescentou – havia também chechenos, sauditas, tadjiques, turcos e de outras nacionalidades.
Al-Zoubi denunciou que fazer terrorismo contra seu país é algo mostrado
no mundo como uma honra, mas quando o terrorismo é praticado contra os
Estados Unidos, a França, a Espanha e outros países, é condenado e
combatido.
O ministro sírio sublinhou que a razão da demora governamental em pôr
fim às ações terroristas não é falta de capacidade, mas a vontade do
governo de evitar a morte de civis ou a destruição de cidades.
O Exército, disse, enfrenta bandos armados que ocupam casas, deslocam a
população, atacam as instituições governamentais e têm a capacidade de
comunicar-se e obter apoio logístico e militar desde o exterior, o que
torna mais complexa a sua eliminação.
O ministro responsabilizou atores ocidentais e de alguns países árabes
pelo fracasso da missão do enviado da ONU à Síria, Kofi Annan, e
sublinhou que se o novo enviado, Lakhdar Brahimi, quer que sua missão
tenha êxito, deve chamar as coisas por seu nome.
Em especial, pontuou, a responsabilidade de alguns países com a
insegurança e a escalada militar mediante o envio de homens armados, o
dinheiro e a incitação.
Sustentou que as autoridades sírias têm um interesse genuíno no êxito de
Brahimi, pelo que não pouparão esforços para conseguir o avanço da sua
missão.
Em outra parte de suas declarações, Al-Zoubi assinalou que a conferência
da oposição realizada na Síria no último fim de semana "não representa
toda a oposição síria" e acrescentou que haverá outro encontro de outros
atores políticos, enquanto manifestou sua esperança de chegar a um
diálogo político nacional com todos os envolvidos, sem exclusão.
Falamos, sublinhou, de um diálogo entre sírios sem nenhum tipo de
ingerência estrangeira. Se a oposição for capaz de sentar-se à mesa de
diálogo, estamos dispostos a fazê-lo já, disse.
Não temos nenhum problema com a presença dos embaixadores e o enviado da
ONU para a Síria no diálogo se isto for solicitado, mas nos opomos à
participação de representantes do Catar, da Arábia Saudita, Turquia e
Israel nas conversações, pois isto para nós é uma linha divisória,
afirmou.
Granma
O Evento será na próxima terça-feira (2) em Itajubá (MG), com a presença de autoridades.
foto: Cap. Valentim.
A Helibras vai inaugurar, no próximo dia
02 de outubro, terça-feira, seu mais novo hangar, construído na planta
de
Itajubá – sul de Minas Gerais - para abrigar a linha de montagem dos
novos helicópteros militares EC725, adquiridos pelas Forças Armadas e
que terão 50% de conteúdo brasileiro, e também do consagrado AS350
Esquilo, até então o único helicóptero produzido no país e o mais
vendido em todo o mundo.
Estão confirmadas as presenças do Governador de Minas Gerais Antônio
Anastasia, do Ministro da Defesa Celso Amorim, do Ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, do
Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, dos comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica, dentre outras autoridades e
parlamentares, empresários do setor de defesa e dos parceiros da
Helibras no programa de transferência de tecnologia para a fabricação no
Brasil das novas aeronaves.
O CEO do Grupo Eurocopter Lutz Bertling, que forma, com a Helibras, o
consórcio responsável por esse novo projeto, estará presente à
inauguração, na companhia do Presidente da Helibras Eduardo Marsone
diretores.
O Programa de Expansão da Helibras para a construção de 50 helicópteros
EC725 para as Forças Armadas brasileiras foi iniciado com a assinatura
do contrato com o Ministério da Defesa, no final de 2008. O contrato é
da ordem de € 1,9 bilhão, com investimento de R$ 420 milhões realizados
na construção do novo hangar e de todas as instalações auxiliares, como
um banco de testes, além de treinamento, implantação do Simulador de
voo, produção de ferramental e contratação das empresas que fornecerão
partes, peças e serviços para a nova aeronave, a qual terá 50% de
conteúdo nacional, de acordo com o contrato assinado entre o Governo e o
consórcio Helibras/ Eurocopter.
Além do crescimento físico, a Helibras vai triplicar o número de
empregados por conta deste programa, que capacitará também a empresa
para produzir a versão civil deste mesmo novo helicóptero, chamada EC225
e utilizada em operações offshore (transporte entre o continente e as
plataformas de petróleo). De 300 trabalhadores quando da assinatura do
contrato, em 2008, a empresa deverá chegar a 1.000 pessoas em 2017,
sendo que atualmente já conta com mais de 700 profissionais – a maioria
de perfil técnico.
Outro resultado importante que este projeto trará é a qualificação da
Helibras para que, dentro de 10 anos, esteja capacitadapara conceber,
projetar e construir um helicóptero totalmente no país, já que todo o
know-how que está sendo adquirido transformará a unidade brasileira em
um dos pilares globais de produção e comercialização do Grupo
Eurocopter.
Grécia enfrenta primeira greve geral desde a posse do novo governo
A greve provocou paralisação nos serviços públicos em todo o
país, fechando escritórios do governo, escolas, museus e tribunais;
houve confronto entre a polícia e manifestantes
Danielle Chaves e Sergio Caldas, da Agência Estado
ATENAS - Milhares de gregos deixaram o trabalho hoje para participar
de uma greve geral nacional convocada pelos dois principais sindicatos
do país, o GSEE e o ADEDY, em protesto contra a nova rodada de cortes de
gastos que o governo da Grécia deverá anunciar nos próximos dias. A
greve de 24 horas é a primeira desde que o governo de coalizão formado
por três partidos e liderado por Antonis Samaras foi empossado, em
junho, e representa o primeiro teste real sobre a oposição pública aos
cortes. A greve também foi marcada pelo confronto entre a polícia e
manifestantes.
A greve provocou paralisação nos serviços públicos em todo o
país, fechando escritórios do governo, escolas, museus e tribunais,
enquanto hospitais operam com equipes reduzidas. A suspensão parcial dos
serviços de transporte na capital grega, Atenas, afetou quem viaja para
o trabalho pela manhã e operações de trens e balsas foram paralisados.
Uma greve de três horas dos controladores de tráfego aéreo atrapalhou os
voos programados no país.
No centro de Atenas, a maioria das lojas foi fechada por
receios de que haja violentos episódios como os que marcaram o último
grande protesto na Grécia, realizado em fevereiro deste ano. Cartazes
foram pendurados nos postes da cidade anunciando a greve e mostrando
dizeres como: "SOS - o país deve ser salvo, mas acima de tudo sua
população".
A greve geral ocorre no momento em que o governo grego -
formado pelos partidos Nova Democracia, Pasok e Esquerda Democrática -
se prepara para assinar um pacote de 13,5 bilhões de euros (US$ 17,5
bilhões) em cortes no orçamento e medidas para impulsionar a receita que
foi prometido aos credores internacionais em troca de financiamento sob
os termos do acordo que ofereceu ao país 173 bilhões de euros em ajuda.
Uma equipe de inspetores da troica - composta por Comissão
Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu
(BCE) - deverá voltar para Atenas neste fim de semana com o objetivo de
avaliar os cortes preparados pelo governo e outras medidas de reforma
para determinar se a Grécia merece receber a próxima parcela da ajuda
internacional.
"Nós não podemos aceitar mais cortes porque temos de cobrir
nossas necessidades básicas", afirmou Vassilis Xenakis, secretário de
relações internacionais para o setor público do ADEDY, em uma entrevista
no rádio. "Nós queremos salvar nosso país, mas temos de tentar salvar
os seres humanos ao mesmo tempo", acrescentou. Novo pacote
O ministério das Finanças da Grécia fechou um acordo para um
novo pacote de austeridade, cujo valor ultrapassa 11,5 bilhões de euros,
que será submetido à aprovação da coalizão governista e dos credores
internacionais do país, informou hoje uma fonte da pasta.
O pacote, que inclui cortes de gastos e medidas para
impulsionar a arrecadação de impostos, foi discutido na noite de ontem
pelo primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, e o ministro das
Finanças, Yannis Stournaras. Além dos cortes, a expectativa é que as
medidas fiscais gerem outros 2 bilhões de euros.
Samaras vai apresentar o pacote aos parceiros da coalizão, os
socialistas e esquerdistas moderados, em reunião prevista para esta
quinta-feira. A proposta também precisa ser aprovada pela troica de
credores da Grécia, que inclui a Comissão Europeia, o Banco Central
Europeu e o Fundo Monetário Internacional. Representantes da troica
deverão chegar a Atenas no domingo.
Em jogo está a liberação de um novo pagamento à Grécia de
31,5 bilhões de euros, como parte do pacote de ajuda concedido ao país.
Os recursos são necessários para Atenas pagar os salários do
funcionalismo público, recapitalizar bancos e saldar dívidas com o setor
privado.